Fruta laxante: incluir o kiwi na dieta pode combater intestino preso
A prisão de ventre, ou intestino preso, é uma das grandes reclamações em consultórios médicos. Isso porque além de ser muito desconfortável, a condição causa inchaço abdominal, diarreia e até dor ao ir ao banheiro. Mas a solução para esse problema pode ser simples e estar na fruteira de casa: o kiwi, fruta laxante de sabor agridoce e cor viva, pode ser a saída para melhorar a condição. A seguir, veja como o kiwi pode ajudar com o intestino preso.
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Kiwi: como a fruta pode ajudar a liberar com a prisão de ventre?
O kiwi é um alimento rico em fibras e água, o que pode ajudar a melhorar a frequência de idas ao banheiro. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo American Journal of Gastroenterology, o consumo da fruta melhora significativamente a consistência das fezes. Além disso, ela também ajuda na redução das dores abdominais e refluxo.
Para avaliar os efeitos da fruta no tratamento da prisão de ventre, os participantes consumiram 2 kiwis verdes maduros sem as cascas ou 7,5 g de psyllium (fibra alimentar usada como tratamento específico para prisão de ventre) por dia durante quatro semanas.
Como resultado, os pesquisadores identificaram que o teor de fibras do psyllium é semelhante ao do kiwi e pode ajudar com o intestino preso. Dessa forma, os pacientes que consumiram a fruta relataram sentir um amolecimento da consistência das fezes, além da redução no esforço para evacuar. Os resultados foram ainda melhores quando comparados aos pacientes que tomaram psyllium.
Por fim, o consumo do kiwi está atrelado a outros benefícios devido a sua alta carga de antioxidantes, já que essas substâncias combatem o envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares. Para obter um resultado ainda melhor no trato intestinal, é interessante investir em outros alimentos ricos em fibra, como feijão, grão de bico, cereais e farinhas integrais.
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Intestino preso: riscos de não tratar a condição
Clinicamente, a constipação intestinal consiste, basicamente, na dificuldade dos músculos do intestino grosso fazerem força suficiente para expelir o bolo fecal. Com isso, as fezes ficam presas no intestino, causando dores abdominais, inchaço e mal-estar.
Segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, cerca de 20 milhões de pessoas ficam vários dias sem ir ao banheiro e sofrem os desconfortos do problema.
As causas da constipação são variadas, mas basicamente tudo o que comemos e fazemos (ou deixamos de fazer) influencia no funcionamento do intestino. Logo, o trânsito lento pode ser fruto de sedentarismo, pouca hidratação e de uma dieta deficiente em fibras. Estresse, ansiedade e falta de rotina (viagens muito frequentes, por exemplo) também contribuem para o “intestino preguiçoso”.
Porém, quando a constipação intestinal não recebe tratamento, pode evoluir para distúrbios no ânus e no reto, como hemorroidas e até fissura anal.
Referências: Biblioteca Virtual em Saúde e American Journal of Gastroenterology.