Identificação do câncer de mama: cientistas brasileiras criam novo método
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Cientistas brasileiras da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram uma técnica de detecção de biomarcadores (indicadores presentes no sangue) que ajudam na identificação do câncer de mama. O estudo foi publicado no International Journal of Molecular Sciences.
O principal objetivo da pesquisa é conseguir identificar a doença em fase inicial, evitando assim o risco de metástase (câncer em mais órgãos do corpo) e evolução dos tumores. O método tem o nome de biópsia líquida. Assim, o diagnóstico ocorre de forma menos invasiva e dolorosa para as pacientes.
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Como funciona a identificação de câncer de mama pelo sangue?
Na nova técnica, o sangue é coletado e precisa passar por uma centrífuga que separa suas partes. Então, pesquisadores observam as partes sanguíneas em um citômetro de fluxo, conseguindo identificar a presença ou não de células tumorais malignas ou benignas.
As cientistas usaram reagentes que marcam as proteínas presentes nas células tumorais e, assim, a identificação acontece. A pesquisa contou com a participação de 110 mulheres pacientes do ambulatório de Mastologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).
Alinne Tatiane Faria Silva, uma das cientistas responsáveis pelo método, contou em entrevista à CNN que a identificação é possível pois as células tumorais se separam do tumor e vão para a corrente sanguínea.
A intenção das cientistas responsáveis pelo estudo de identificação de câncer de mama pelo sangue é de que o método chegue rapidamente à população. No entanto, a técnica está em validação de dados. Após isso, uma solicitação de autorização das agências reguladoras para incluir a técnica nos hospitais e clínicas deve ser feita. Por fim, futuramente, o método poderá fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, o principal exame de identificação da doença é a mamografia, que deve ser feita todos os anos em caso de suspeita ou a cada dois anos sem suspeitas ou sintomas em mulheres entre 50 e 69 anos.