Hormônios para o emagrecimento: conheça os principais

Alimentação Bem-estar
19 de Abril, 2021
Leticia Ramirez Naper de Souza
Revisado por
Nutricionista • CRN-3 63183
Hormônios para o emagrecimento: conheça os principais

Para perder peso, não existe milagre e muito menos fórmula mágica. É preciso ter déficit calórico. Ou seja, o corpo precisa ingerir menos calorias do que consome. Nesse sentido, é ideal combinar uma alimentação saudável com a prática de exercícios físicos. Porém, o sistema hormonal também precisa estar funcionando corretamente. Por isso, vale conhecer quais os principais hormônios para o emagrecimento: 

Afinal, o que são os hormônios? 

Os hormônios são substâncias produzidas pelas glândulas que compõem o chamado sistema endócrino. Cada hormônio tem uma função diferente, mas alguns trabalham em conjunto.

Das glândulas endócrinas onde cada um é produzido, os hormônios são lançados na corrente sanguínea e, a partir daí, para todas as células do corpo. Porém, eles só vão atuar sobre aquelas a que são dirigidos, as chamadas células-alvo.

A melhor maneira de equilibrar os hormônios é com um estilo de vida saudável. Dormir bem, evitar o consumo de comidas gordurosas, ultraprocessadas e de bebidas alcoólicas, além de controlar estresse e fazer atividades físicas são algumas ferramentas essenciais. 

Mas, se você desconfiar de algum problema hormonal, procure um médico e não faça suplementação por conta própria.

Leia também: Emagrecimento saudável: 30 dicas para perder peso com saúde

Principais hormônios para o emagrecimento

Hormônios da tireoide 

Entre os principais hormônios para o emagrecimento estão os da tireoide, que se relacionam diretamente com o metabolismo do corpo. Assim, quando há hipotireoidismo, ou seja, a produção em quantidade menor que a ideal, o metabolismo desacelera. Com isso, é possível haver dificuldade para perder peso. Porém, esses hormônios por si só não impedem o emagrecimento de fato. Nesse caso, existe uma junção do hipotiroidismo com dieta pouco saudável e sedentarismo

Dessa maneira, é preciso controlar os hormônios. Além disso, seguir uma alimentação saudável e praticar de exercícios físicos. 

Cortisol

O cortisol estimula o fígado a converter gordura em glicose, o que lhe dá energia. Durante todo o dia, o hormônio faz vários trabalhos. Ele ajuda a regular a pressão sanguínea, auxilia na formação de novas memórias e desempenha um papel na digestão, controlando como seu corpo usa proteínas, gorduras e carboidratos extraídos dos alimentos que você come. 

Quando você está esgotado, seus níveis de cortisol não descem pela noite como deveriam. Você fica, então, essencialmente com muita energia para adormecer. O excesso de cortisol também pode causar inflamação, já que as células imunológicas tornam-se insensíveis aos efeitos do hormônio.

Uma infeliz consequência do estresse crônico: ganho de peso. É um elo complicado (envolvendo taxa de metabolismo, falta de exercício e outros fatores). Mas, basicamente, o cortisol estimula o apetite. Quando o cortisol é alto, os níveis de insulina também aumentam, e isso pode ser uma das razões pelas quais você deseja alimentos açucarados e gordurosos.

Leia também: O que é cortisol e como ele impacta no corpo

GH entre os hormônios para o emagrecimento

O GH é o popular hormônio do crescimento. Mas ele também atua de outras formas. O GH por si só não emagrece. Contudo, ele estimula a metabolização da gordura corporal, transformando-a em energia. Ou seja, ele provoca a queima da gordura localizada nos tecidos adiposos. 

Entretanto, caso haja mais GH do que o nível ideal, podem aparecer problemas sérios, como doenças cardiovasculares.

Grelina

A grelina é um hormônio produzido principalmente pelas células do estômago e do pâncreas. É o hormônio da fome. Ela desempenha um papel fundamental no processo de emagrecimento, porque sinaliza para o seu cérebro comer. Os níveis aumentam durante uma dieta restritiva e intensificam a fome, dificultando o emagrecimento. 

Esse hormônio é produzido próximo ao horário rotineiro das refeições e no jejum. Ele tem efeito favorável na digestão dos alimentos e na absorção dos nutrientes, porque promove a motilidade gastrointestinal, a secreção de ácido gástrico e as secreções pancreáticas endócrinas e exócrinas. 

Além disso, ele afeta o ciclo de sono/vigília, o comportamento de busca de recompensas, a sensação de paladar e o metabolismo de carboidratos.

Quanto mais altos os níveis de grelina, mais faminto você fica. Quanto mais baixos os níveis, mais satisfeito o corpo se sente.

Assim, para quem deseja perder peso, diminuir os níveis de grelina pode ser benéfico. Por isso, comer quando se tem fome é fisiologicamente mais favorável. Ter uma rotina de horários das refeições para regular os ‘relógios biológicos’ na produção da grelina, também. 

Leia também: A importância do sono para o emagrecimento

Leptina

A leptina é o hormônio da sensação de saciedade, ou seja, aquele que nos diz “você está cheio”. Quando liberado no corpo, o cérebro entende que o organismo já foi alimentado e nutrido. Por isso, não há necessidade de comer por enquanto.

Insulina é um dos hormônios para o emagrecimento

Fabricado no pâncreas, esse hormônio tem a função de controlar os níveis de glicose na corrente sanguínea. Geralmente, a desregulação da substância no organismo acontece por fatores como má alimentação e estresse. Assim, a disfunção da insulina provoca não só a predisposição ao diabetes, mas também o aumento nos estoques de gordura, especialmente na região da cintura. Como consequência, a pessoa enfrenta mais dificuldade para emagrecer

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