Hipóxia: entenda as causas da falta de oxigênio e como tratar

Saúde
16 de Agosto, 2022
Hipóxia: entenda as causas da falta de oxigênio e como tratar

Muito se falou sobre a hipóxia durante os picos de casos de Covid-19. A condição ocorre quando não há oxigênio suficiente para as células e tecidos do corpo e é um dos sintomas da Doença pulmonar obstrutiva crônica. A DPOC é um grupo de doenças pulmonares comuns em pacientes infectados pelo coronavírus e que causa dificuldade para respirar, aumentando o risco de desenvolver hipóxia. Isso pode acontecer mesmo que o fluxo sanguíneo seja normal e, por essa razão, muitas vezes não apresenta sintomas, chamada de “silenciosa“. No entanto, na maioria das vezes, sintomas podem surgir, como uma descoloração arroxeada dos membros superiores e inferiores (mãos e pés). Entenda.

Leia mais: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): Entenda o problema

Afinal, quais são as causas da hipóxia?

De acordo com o Dr. Enio Pires Studart, médico pneumologista e infectologista, há várias causas possíveis para um paciente apresentar sinais de hipoxemia. São elas:

  • Causas cardíacas, como a insuficiência cardíaca. “O coração é uma bomba, logo, a falha desse órgão provoca um congestionamento de fluidos no pulmão, dificultando a troca gasosa”, explica o especialista;
  • Causas pulmonares: pneumonias em geral podendo ser causadas por vírus (COVID, influenza A e B e vírus sincicial respiratório), bem como causas bacterianas, além de tuberculoses e fungos em geral;
  • Intoxicações exógenas em que gases se ligam à hemoglobina, não permitindo a ligação do oxigênio. Como consequência frequente, pode causar intoxicação por monóxido de carbono; 
  • Causas geográficas, como a altitude elevada, também podem desencadear o quadro e agravar a hipoxemia;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): causada pelo uso de substâncias derivadas do tabaco, além de queima de combustíveis fósseis para o manejo e cozimento de alimentos, por exemplo. 
  • Causas centrais como AVC, doenças neurológicas adquiridas e genéticas, principalmente as que atingem a região do bulbo cerebral, que controla a homeostase do oxigênio e do dióxido de carbono no organismo. 

Além disso, outra causa menos frequente, porém não menos importante, são as crises de broncoespasmos causadas por asma grave não controlada.

Sintomas principais 

A princípio, a hipóxia causa cansaço a pequenos esforços, além de extremidades arroxeadas, bem como os lábios, além de tonturas e desmaios.

O tratamento é fundamental e deve ser recomendado por um especialista o quanto antes, já que a hipóxia pode causar morte tecidual e levar a disfunção cardíaca, cerebral, hepática, e renal por falência na função tecidual desses órgãos.

Diagnóstico e tratamento

A hipóxia é confirmada por meio de oxímetro, isto é, aparelho que afere a saturação do oxigênio na hemoglobina. O tratamento, por sua vez, depende do diagnóstico da causa e do histórico do paciente. Os principais são:

  • Causas cardíacas: diuréticos, vasodilatadores e cardiotônicos
  • Causa pulmonares: oxigênio, antibióticos, corticoides e broncodilatadores 
  • Causas anêmicas: reposição de sangue.
  • Idiopáticas e hereditárias: diuréticos, esteroides e anticoagulantes no AVC isquêmico e cirurgia de drenagem no AVC hemorrágico, além de estimulantes do sistema nervoso central. 

Fonte: Dr. Enio Pires Studart, médico pneumologista e infectologista, especialista em doenças respiratórias e distúrbios  do sono.

Referência: Crônicos do Dia a DIa

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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