Gisele Bündchen diz que ansiedade melhorou depois de parar de fumar e beber
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Gisele Bündchen é conhecida por seguir um estilo de vida saudável e uma alimentação extremamente equilibrada. Contudo, a ex-modelo, que é capa da revista Harper’s Bazaar deste mês, conta que nem sempre foi assim. Durante a entrevista, ela diz que já teve maus hábitos em sua rotina, mas precisou abandoná-los por conta da saúde mental.
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Gisele Bündchen: hábitos e saúde mental
Quando tinha 20 anos, Gisele morava em Nova York, e chegou a trabalhar cerca de 350 dias no ano (ou seja, ela só descansou cinco vezes). Por conta da agenda extremamente atribulada, ela não conseguia pensar muito na alimentação, então sempre acabava apostando em pizzas, cigarro, frapuccinos e vinhos.
No mesmo período, a então top model começou a experienciar ataques de pânico. Eles geralmente aconteciam em espaços fechados, como elevadores, aviões ou salas sem janelas. De acordo com Gisele Bündchen, seu coração disparava e as palmas da mão suavam muito.
Então, ela resolveu procurar um médico. O profissional recomendou que ela cortasse álcool, cafeína, açúcar e glúten, e Gisele o fez. Assim, sua dieta e seus hábitos começaram a evoluir cada vez mais, e hoje se tornaram referência para muitas pessoas.
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Graças à rotina saudável, Gisele fala que conseguiu aprender a lidar com a ansiedade. “Quero viver o máximo que puder, sentindo-me o melhor que puder, mas para conseguir isso, tenho que tomar decisões hoje. Você pode ter todo o dinheiro do mundo. Se você não tem saúde, não é possível comprá-la de volta”, afirma na entrevista.
Ela acorda diariamente às cinco da manhã para levar seus cachorros para passear. Em seguida, medita e estuda sobre cristais e astrologia. Com relação aos exercícios físicos, pratica musculação, Pilates, yoga e jiu-jitsu.
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Quais são os riscos dos hábitos pouco equilibrados para a saúde mental?
Pesquisas já demonstraram que pessoas que levam um estilo de vida mais saudável têm metade da probabilidade de desenvolver questões mentais (como ansiedade e depressão) do que aquelas com hábitos desequilibrados.
Em um estudo publicado na Nature Mental Health, por exemplo, os pesquisadores analisaram diversos fatores, e elencaram aqueles que mais beneficiam a saúde mental:
Consumo moderado de álcool
O álcool pode afetar o funcionamento cerebral de diversas maneiras. Em um primeiro momento, ele causa euforia e alegria, o que faz com que muitos utilizem a substância para aliviar o estresse e até diminuir sintomas de depressão e ansiedade.
Contudo, a pessoa pode precisar cada vez mais das bebidas para se sentir bem, e acaba não tratando adequadamente as questões. Isso sem falar nas perdas sociais e econômicas que o álcool pode proporcionar, motivos que prejudicam ainda mais o psicológico.
Dieta saudável
Uma alimentação nada saudável, principalmente rica em alimentos ultraprocessados (como salgadinhos, congelados, doces e refrigerantes), altera a nossa flora intestinal, causando um desequilíbrio que prejudica a saúde como um todo, inclusive a mental.
Isso porque não podemos nos esquecer que o intestino é considerado o segundo cérebro: é lá que hormônios importantes são fabricados. Um exemplo é a serotonina, produzida em grande parte no órgão (90%) e que promove a sensação de bem-estar.
O nosso corpo sintetiza a serotonina a partir do triptofano, aminoácido presente em itens como banana, ovo, leite, queijo e chocolate amargo. Portanto, precisamos comer bem para garantir esse e outros nutrientes essenciais para a mente.
Atividade física regular
Os exercícios aumentam uma série de substâncias no organismo, incluindo a serotonina e outros hormônios relacionados ao prazer, como a dopamina e endorfina. Assim, ao praticarmos algum esporte, é normal que fiquemos com a sensação de felicidade e recompensa.
E mais: movimentar o corpo promove a neuroplasticidade. Isto é, aumenta a capacidade do Sistema Nervoso Central (SNC) de se adaptar e se moldar a novas situações.
Sono adequado
O sono desempenha um papel importante na saúde mental e física. Assim, quem não tem um sono de boa qualidade pode ficar irritado e exausto a curto prazo. Além disso, a longo prazo, a privação de sono está ligada a vários problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e depressão.
Não fumar
Assim como o álcool, o cigarro é uma estratégia usada por muitas pessoas para aliviar sintomas como estresse e ansiedade, mas causa dependência. Por ser uma substância psicoativa, a nicotina produz alterações no Sistema Nervoso Central que modificam o estado emocional e comportamental do tabagista.
Rotina ativa
Ter uma rotina ativa não inclui apenas praticar exercícios físicos, sabia? Ela inclui movimentar-se ao máximo ao longo do dia, seja para passear com o pet, ir ao trabalho, subir as escadas… Todos esses costumes parecem inofensivos, mas contribuem para a mente.
Conexões sociais frequentes
Manter conexões sociais frequentes é essencial para desenvolvermos sentimentos de pertencimento. Além disso, é por meio de amigos, familiares e colegas que construímos redes de apoio sólidas para casos de problemas com a saúde mental.
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