Posso ter gordura no fígado sem saber?
O fígado desempenha inúmeras funções importantes para o nosso organismo. Uma delas é filtrar o sangue e eliminar as toxinas, bem como produzir proteínas, triglicérides, colesterol e bile, por exemplo. Porém, é comum surgirem problemas, como o acúmulo de gordura no órgão, que nem sempre apresenta sintomas. Dessa forma, muitas pessoas se questionam: posso ter gordura no fígado sem saber? Descubra!
Leia mais: Gordura no fígado: Sintomas, causas, dieta e como eliminar
Posso ter gordura no fígado sem saber?
De acordo com Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo, sim, é possível ter gordura no fígado sem saber. Isso porque a condição não causa sintomas característicos. O mais comum é um cansaço, mas provavelmente deriva de outra causa bastante frequente desta doença, que é a obesidade.
Além disso, pode causar ainda inchaço abdominal e olhos amarelados. Mas o diagnóstico da condição só costuma ocorrer por meio de exames de rotina do paciente. Dessa forma, é indispensável fazer um check up médico. Isso porque, caso a gordura no fígado seja detectada precocemente, diminuem as chances de surgirem, a longo prazo, doenças como cirrose e até câncer hepático. Por isso, a importância de agir rápido e com medicações eficazes.
Leia mais: Adultos com gordura no fígado têm mais risco de desenvolver diabetes
O que é a gordura no fígado e como diagnosticar
Quando o assunto é gordura no fígado, diversos fatores podem ter relação com o seu surgimento, tais como:
- Hepatite viral ou doença autoimune;
- Obesidade;
- Sobrecarga de ferro;
- Consumo de substância tóxica (álcool, por exemplo);
- Doenças autoimunes.
Para fazer o diagnóstico, é necessário exame de imagem, como o ultrassom do abdômen. Se for positivo, o especialista irá procurar as causas que expliquem a origem do problema.
Leia mais: Sintomas da gordura no fígado: fique de olho nos principais
Como prevenir?
Embora algumas das causas do problema seja um fator “oculto” não reversível, como uma doença autoimune, ou de acúmulo de ferro, por exemplo, existem também os fatores controláveis.
Dentre eles, estão as hepatites virais crônicas, B e C, que são sexualmente transmissíveis e que podem ser evitadas com proteção adequada, além do consumo de álcool em excesso e da obesidade.
Dessa forma, é indispensável fazer um acompanhamento nutricional preventivo, assim como praticar atividade física, principalmente quem tem tendência familiar, faz uso de medicações que levem ao ganho de peso, ou esteja em ambientes insalubres, com trabalho excessivo e dieta precarizada pela pressa ou falta de planejamento e oportunidade.
Evitar tais fatores podem prevenir que a pessoa atinja um grau de obesidade que deflagre a agressão hepática, por exemplo. Lembrando que para cada pessoa há um limiar de gordura máxima em que essa agressão é alcançada, por isso é importante consultar um médico para investigar melhor.
Fonte: Dr. Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.
Leia mais: Os melhores sucos para combater gordura no fígado