Geleia de mocotó é saudável? Especialistas esclarecem
Alimento com gostinho de infância, a geleia de mocotó era muito consumida por sua promessa de ser rica em nutrientes e vitaminas benéficas para o corpo. Porém, muitos especialistas torcem o nariz para esse tipo de produto. Isso pelo fato de ele ter muito açúcar, corantes e aromatizantes, além de outros ingredientes artificiais que podem desencadear alergias e irritações no estômago, entre outros problemas.
Muitos vão em busca dessa geleia pela promessa de, assim como a gelatina, ser uma fonte de colágeno. Mas, profissionais de saúde garantem que o ingrediente se perde durante sua produção. “No final do processo a quantidade de colágeno presente neste produto é muito pequena”, informa a nutricionista Anália Barhouch, Mestre e Doutora em Obesidade pela Faculdade Medicina da PUC-RS. ⠀
Como ela é feita
“A geleia de mocotó industrializada vendida em mercados e empórios é feita a partir de ossos, peles e tendões de bois e porcos que são triturados e tratados com produtos químicos. Essa mistura é fervida para liberar o colágeno, para dar origem à gelatina. A partir da gelatina é feita a geleia de mocotó, acrescida de água, açúcar, espessante, corante caramelo, regulador de acidez bicarbonato de sódio e aromatizante”, detalha a nutricionista.
Segundo Anália, o segundo ingrediente listado no rótulo do produto é açúcar, ou seja, ele é rico nesse carboidrato. Já os corantes e flavorizantes, utilizados para deixar a geleia colorida e com sabor de frutas, são substâncias tóxicas muito fortes. Para que possam ser processadas pelo nosso organismo, e depois eliminadas, o fígado precisa fazer muito trabalho.
Ela ainda tem três vezes mais calorias do que uma lata de Coca-Cola ou qualquer outro refrigerante normal. Uma embalagem de 200 g tem, em média, 260 calorias.
E a versão light/diet?
“Mesmo a versão zero açúcar contém conservantes e substâncias artificiais que influenciará de forma negativa o funcionamento do organismo”, entrega a especialista. Estes adoçantes geram respostas intestinais que acabam contribuindo para o aumento do tecido adiposo, ou seja, aumento de gordura.