Fungos mais perigosos para a saúde: OMS divulga lista

Saúde
26 de Outubro, 2022
Fungos mais perigosos para a saúde: OMS divulga lista

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou uma lista com os fungos mais perigosos à saúde humana. Ao todo, são 19 patógenos fúngicos que estão crescendo e se tornando resistentes a tratamentos. Eles estão divididos em três classes: médio, alto e crítico.

Além da lista de fungos, a OMS tem listas semelhantes de vírus e bactérias. Elas servem como guias para definir quais pesquisas priorizar. No entanto, a organização afirma que as infecções por fungos e sua crescente resistência ao tratamento são um risco à saúde devido à falta de foco e vigilância no decorrer da história.

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Fungos mais perigosos: afinal, quais são?

Quatro tipos de fungos foram incluídos no grupo de prioridade crítica: Aspergillus fumigatus, Candida albicans, Cryptococcus neoformans e Candida Auris.

Aspergillus produzem esporos que se espalham no ar e podem ameaçar a saúde pulmonar de pessoas com sistema imunológico comprometido. Por outro lado, a Candida albicans é comumente encontrada no intestino, mas pode causar infecções invasivas em pessoas imunocomprometidas. Pode, também, causar doenças semelhantes à asma, fibrose pulmonar ou um tumor não canceroso.

Cryptococcus neoformans pode causar infecções cerebrais mortais. No mundo, é uma das principais causas de doença em pacientes com HIV/AIDS e mata pelo menos 180.000 pessoas anualmente. A Candida Auris (C. Auris), que cresce em levedura, também pode levar a infecções graves e mortais. A taxa de mortalidade do fungo, que se espalha principalmente em ambientes de saúde, pode chegar a 60%.

Além disso, a lista de fungos mais perigosos também inclui a Histoplasma, Eumicetoma, Mucorais, Candida tropicalis, Nakaseomyces e a Candida parapsilose. Por fim, na classificação média estão: Scedosporium, Lomentospora prolificans, Coccidioides, Pichia kudriavzeveii, Cryptococcus gattii, Talaromyces marneffei, Pneumocystis jirovecii e Paracoccidioides.

Os perigos para a saúde

As infecções por fungos são responsáveis por cerca de 1,7 milhão de mortes e mais de 150 milhões de internações graves em todo o mundo a cada ano. Assim, geralmente acometem pessoas que já estão gravemente doentes, como pacientes com câncer ou tuberculose. Observou-se, também, um aumento de casos entre quem foi internado por causa da Covid-19 durante a pandemia.

A OMS alerta ainda que a utilização inadequada de fungicidas, principalmente na agricultura, além de mudanças climáticas, pode agravar o problema. O uso indiscriminado dos produtos pode desenvolver espécies mais resistentes ao tratamento.

“Os países são incentivados a seguir uma abordagem gradual, começando com o fortalecimento de suas capacidades laboratoriais e de vigilância de doenças fúngicas, e garantindo acesso equitativo a terapias e diagnósticos de qualidade existentes, globalmente”, afirmou Haileyesus Getahun, diretor da OMS do Departamento de Coordenação Global da resistência antimicrobiana (AMR).

Além disso, o órgão ainda lembrou sobre o aquecimento global e como o ambiente aquecido favorece a proliferação e adaptação de fungos tornando-os mais aptos a infectar pessoas, além da alta probabilidade de surgimento de novas variantes.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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