Frutos do mar para bebês: Saiba como e quando oferecer
Camarão, marisco e lagosta fazem parte do cardápio de férias para quem gosta de sol e mar. Mas, muitas vezes, fica difícil saber quais são os alimentos inofensivos para os pequenos, e quais realmente têm impacto em sua saúde. Afinal, será que os frutos do mar para bebês podem provocar alergia?
Se você quer evitar problemas na alimentação do seu bebê, acompanhe as informações abaixo e não se arrisque.
Introdução alimentar: Afinal, qual é o momento de oferecer frutos do mar para bebês?
A introdução alimentar deve começar os 6 meses com alimentos sólidos. De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno fornece a nutrição necessária dos bebês antes desse período. Inclusive, o leite deve continuar sendo oferecido como complemento até os dois anos de vida da criança.
Porém, não é recomendado introduzir frutos do mar e mariscos no cardápio do bebê antes de completar 1 ano de idade. Isso é, esses alimentos podem oferecer contaminação bacteriana e química, das quais o bebê ainda não está preparado para combater adequadamente, como funciona em um organismo adulto.
Ainda que esses alimentos estejam bem cozidos e tenham procedência conhecida, as chances de intoxicação alimentar ou alergias nessa fase são altas. E considerando um organismo de um bebê, até uma intoxicação pode ser extremamente grave.
No entanto, especialistas recomendam o consumo de peixes cozidos já a partir dos 6 meses, que não são considerados frutos do mar porque também podem existir em água doce.
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Atenção ao preparo dos frutos do mar
Com o tempo, é natural e muito saudável que o cardápio do bebê seja ampliado e passe a ter uma diversificação alimentar. Portanto, quando chegar a hora certa, atente-se a alguns cuidados importantes no preparo dos alimentos.
- Os camarões, mexilhões, mariscos, lagostas e polvos se deterioram rapidamente. Por isso, para o consumo sem riscos, opte por alimentos congelados ou mantidos vivos até o momento do cozimento.
- Atente-se a procedência dos alimentos, limpeza, tempo de molho, cartilagens que podem gerar engasgos e cuidados de higiene durante o preparo.
- Lembre-se, as aparências do alimento contam muito. Cheiros estranhos ou aparências estranhas podem apontar problemas na conservação e estado do alimento, portanto, evite.
De acordo com a Dra. Giovanna Cristina Alves, nutricionista do Hospital Infantil Sabará os pais devem estar atentos ao preparo desde a compra até o momento de ofertar os frutos do mar aos pequenos.
“No momento da compra, o consumidor deve estar atento a aparência física do produto, armazenamento sob refrigeração e se o produto está bem embalado. O momento de descongelar também é muito importante e deve ser realizado sob refrigeração, nunca em temperatura ambiente ou sob temperaturas mais altas, isso pode favorecer a presença de microrganismos prejudiciais à saúde.”
Quais cuidados os pais devem tomar?
Por fim, além de seguir todas essas recomendações, os pais devem analisar a reação do bebê para identificar possíveis problemas.
“Ao introduzir frutos do mar no cardápio das crianças, os pais devem estar atentos a todo tipo de sinal e sintoma apresentados pela criança, pois eles podem sinalizar alergias alimentares, ou até mesmo intoxicação alimentar, devido ao preparo, armazenamento ou a deterioração rápida desses alimentos”, complementa a Dra. Giovanna.
Confira os sintomas de alergia:
- diarreia, vômito, refluxo, constipação, azia e dor abdominal;
- palidez, lábios roxos, tontura, pulso fraco, desmaio.
- erupções, vermelhidão e inchaço na pele;
- falta de ar, tosse, espirro, broncoespasmos, rouquidão, chiado e anafilaxia;
Caso o seu bebê tenha qualquer um desses sintomas, procure um médico imediatamente.
Fonte: Dra. Giovanna Cristina Alves, nutricionista clínica do Hospital Infantil Sabará
Referência: Sociedade de Pediatria de São Paulo.