Fruta feia ou estragada? Veja como diferenciar

Alimentação Bem-estar
05 de Janeiro, 2024
Fruta feia ou estragada? Veja como diferenciar

Você realiza suas compras semanais pra começar a semana com hábitos mais saudáveis. Contudo, quando menos espera, percebe que esqueceu de incluir as frutas em sua dieta. Uma olhada rápida é o suficiente para se questionar: a fruta está feia ou estragada? Se essa dúvida já passou pela sua cabeça, confira dicas essenciais para conferir se a fruta ainda é adequada para consumo ou se deve ser descartada imediatamente.

Veja também: Dá para congelar frutas sem perder os nutrientes? Veja dica de armazenamento

Afinal, como saber se a fruta está feia ou estragada? 

Frutas bonitas, brilhantes e aromáticas enchem os olhos e, com certeza, são as mais escolhidas nos supermercados e hortifrutis. Mas, nem sempre essas características visuais indicam que o alimento está melhor do que outros imperfeitos. Isso porque a presença de agrotóxicos em excesso pode atribuir uma aparência estética mais agradável às frutas. Mas por outro lado, pode indicar excesso de produtos químicos. 

Os morangos, por exemplo, são frutas que geralmente contém uma grande quantidade de agrotóxicos e por isso podem ostentar tamanhos maiores, ausência de manchas e cores vibrantes. É importante ressaltar que os agrotóxicos são utilizados para proteger os alimentos contra pragas, sendo que o seu uso é regulamentado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ainda assim, sempre que possível, é aconselhável evitar o consumo excessivo de alimentos tratados com agrotóxicos.

Por que você deveria dar uma chance às frutas imperfeitas

Na verdade, quando a fruta não corresponde aos padrões comuns, é possível que ela seja do tipo orgânico, ou seja, sem agrotóxicos, ou esteja madura demais. Por essas razões, elas podem ser menores, pouco brilhantes e ter formatos diferentes dos habituais, mas podem ser consumidas normalmente com igual sabor e qualidade.

“Uma fruta feia tem aparência irregular, mas está perfeitamente boa para o consumo. Portanto, mesmo com pequenos defeitos de aparência, mas isso não afeta sua qualidade ou segurança para consumo”, comenta Lívia Tanizaki, nutricionista da Vitat. Além disso, o consumo das frutas imperfeitas pode diminuir o desperdício e contribuir para um consumo mais sustentável a baixo custo. 

Contudo, esse tipo se difere das frutas estragadas. Para identificá-las, basta analisar o seu aspecto:

  • Presença de bolor, isto é pequenas manchas brancas ou verdes;
  • Atenção a cor da fruta: o escurecimento das frutas está relacionado ao seu nível de maturação. Mas manchas pretas demais podem indicar que está passada.
  • Textura: na maioria das frutas, as cascas devem ser lisas e firmes, partes muito moles podem indicar que o alimento não está ideal para consumo.
  • Manchas e marcas de insetos: Algumas manchas e marcas pequenas podem ser normais, mas furos ou danos extensos afetam a qualidade interna da fruta.
  • Cheiro forte: odor desagradável ou ácido é um sinal de que a fruta não está boa para consumo.

Por isso, ao identificar uma ou mais características como esta, descarte a fruta. Ainda que a parte mofada tenha aparentemente contaminado parte do alimento, como aponta a nutricionista:

“Consumir frutas estragadas pode levar a problemas gastrointestinais, infecções e até intoxicações alimentares. Micro-organismos presentes na fruta em decomposição podem ser prejudiciais à saúde. Por outro lado, a fruta feia, apesar da aparência não convencional, é perfeitamente segura e nutritiva”, comenta Lívia.

Como selecionar as frutas corretamente?

Veja dicas de como fazer as melhores escolhas para a sua casa: 

  • Se possível, aposte nos alimentos orgânicos. Eles tendem a ser menores e mais caros, mas são cultivados sem agrotóxicos, por isso, são mais saudáveis e saborosos.
  • Higienize a sua compra: graças à boa higienização que é possível prevenir contaminações, intoxicações e até problemas mais sérios, como doenças relacionadas ao consumo impróprio de alimentos. Assim, a recomendação da OMS é lavar e desinfetar as frutas em solução clorada.
  • Priorize sempre os alimentos da época, pois geralmente concentram menos agrotóxicos e são mais suculentos e nutritivos. Além disso, eles duram mais, o que evita o desperdício.

Fonte: Lívia Tanizaki, nutricionista da Vitat.

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