Forno solar é seguro? Entenda mais sobre a técnica viral do TikTok
Se você usa as redes sociais, já deve ter visto o vídeo onde uma usuária do Instagram usa um forno solar para o preparo das refeições. A técnica é uma saída prática para economizar bastante no gás de cozinha, mas, será que é realmente segura para a saúde?
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A técnica pode parecer inovadora — especialmente em tempos de crise financeira —, contudo, sua primeira versão foi desenvolvida em 1767 por Horace de Saussure, naturalista e geólogo suíço. O forno solar consiste em deixar a comida dentro de um recipiente próprio para alcançar altas temperaturas de forma totalmente sustentável.
No exemplo da família da influencer Marina, do perfil MotionMe, a caixa é feita de papelão, e possui uma tampa que possibilita a entrada da luz solar, mas não deixa o calor sair.
Então, a parte interna das paredes da caixa conta com material de isolamento térmico para garantir que a ideia funcione. Já na parte interna, o papel alumínio serve como refletor para que a luz do Sol reflita no alimento ou panela. O fundo da caixa recebe uma placa de metal, que transmite esse calor para o fundo da panela.
Um outro ponto positivo do forno solar é que não há risco de queimar a comida! O alimento pode ficar no recipiente por horas, mas não irá queimar. Como mostrado no vídeo de Marina, as comidas vão para o forno bem cedo, às 7h, e saem na hora do almoço.
Afinal, o forno solar é seguro?
Pode manter as comidas em um ambiente de calor por muitas horas? De acordo com Vivaldo Medeiros, coordenador do curso de biomedicina da Estácio, a técnica é, sim, segura na preparação dos alimentos.
Ele explica que o método permite que o sol esquente as chapas dispostas e o alimente fique adequadamente cozido para consumo. Entretanto, ele relembra que é preciso de uma boa condição climática para que funcione direito. O ideal mesmo o clima de verão!
“O forno solar alcança a temperatura de 65ºC. Para que seja efetivo, a temperatura deverá ser mantida no mínimo por 5 minutos, sendo assim permite que microrganismos possam ser eliminados do alimento”, conta. Então, não há riscos de bactérias ou micro-organismos indesejados no seu alimento. A luz do Sol mata todos os germes que não são bem-vindos.
Medeiros explica que o método não causa nenhum tipo de risco a saúde. Além disso, é uma forma sustentável de preparar os alimentos. Segundo o biomédico, o forno solar é composto por uma estrutura segura, adequada e que diminui o CO2 e outros óxidos quando comparado ao fogão a lenha.
Por fim, o biomédico ressalta que é preciso olhar para o meio ambiente e economia. Assim, permitindo o uso de certas possibilidades para diminuir o impacto ambiental e o valor do custo de vida. “O uso de forno solar fica como um exemplo de utilização limpa e que permite a substituição de fornos elétricos, a lenha e com a utilização de gás proporcionado diminuição nos gastos mensais dos consumidores”, completa.
Fonte: Vivaldo Medeiros, coordenador do curso de biomedicina da Estácio.