Flexibilização das máscaras: quem deve continuar utilizando o item de proteção?
Cidades brasileiras já começaram a flexibilização no uso de máscaras como item obrigatório de proteção contra a Covid-19. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi a primeira capital a liberar o item de proteção em em locais abertos e fechados, seguida de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Já em São Paulo, por enquanto, a liberação das máscaras só é válida em locais abertos.
Porém, vale destacar que a flexibilização não vale para todo mundo. Em escolas, por exemplo, o item continua sendo obrigatório. Por isso, confira agora para quem vale a liberação e quem ainda deve continuar utilizando as máscaras.
Flexibilização das máscaras: quem deve continuar utilizando?
De acordo com o Dr. Paulo Franscisco Giavina Bianchi Jr., médico infectologista coordenador do grupo de Trabalho ASBAI COVID-19 da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, devem continuar utilizando máscaras:
- Pessoas com doenças que comprometem o sistema imunológico, conhecidos como “imunossuprimidos” . Fazem parte desse grupo pessoas em tratamento para o câncer, transplantados, portadoras de HIV/Aids, pessoas com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias, pessoas em hemodiálise, entre outros;
- Pessoas com comorbidades, como doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial, doença renal crônica, anemia falciforme, obesidade mórbida e cirrose hepática;
- Idosos e crianças;
- Pessoas não vacinadas;
- Profissionais da saúde e outros que estão expostos a uma grande circulação de pessoas durante seu dia de trabalho, como caixas de supermercado, bem como motoristas e cobradores de ônibus;
- Pessoas que utilizam transporte público diário, como ônibus, metrô e trem, por exemplo;
- Profissionais que trabalham em escolas, bem como alunos e outros tipos de prestadores de serviço;
- Indivíduos saudáveis que contraíram gripe ou resfriado também precisam continuar utilizando a máscara, mesmo que não haja suspeita de Covid-19, além de manter o distanciamento social. “Aderir ao isolamento nesse período que estiver adoecido evita a transmissão de outros vírus e mantém a saúde imunológica das pessoas”, completa.
Ainda segundo o especialista, a recomendação, mesmo com a flexibilização completa em ambientes abertos e fechados, é “manter a máscara em locais fechados por algumas semanas para acompanhar a resposta imunológica e o nível de contaminação nesse período”.
Flexibilização das máscaras não significa fim da pandemia
A liberação das máscaras é uma boa notícia que traz mais alívio para a população. Por outro lado, ainda não é hora de aposentar o item de proteção. Dessa forma, é fundamental prosseguir com todas as medidas de segurança pensando em sua saúde e de todos, tais como:
- Distanciamento social: evite aglomerações e mantenha a distância de 1 metro das pessoas, na medida do possível. Essa recomendação é válida em locais abertos e fechados.
- Higienize mãos, itens e ambientes: continue lavando as mãos com frequência. Além disso, utilize o álcool em gel quando estiver na rua ou em outro local onde não seja possível lavar as mãos. Não se esqueça de higienizar alimentos e compras, equipamentos de treino se for para a academia, bem como manter a limpeza de sua casa e ambiente de convívio.
- Vacine-se: diversos estudos já comprovaram a eficácia da vacinação para todas as faixas etárias.
Adolescentes e idosos com baixa imunidade podem tomar quarta dose
Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou que adolescentes e jovens de 12 a 17 anos que possuem algum tipo de imunocomprometimento poderão tomar a quarta dose da vacina contra a covid-19. O imunizante também será disponibilizada para os idosos. Em nota técnica, a pasta anunciou que há uma amplificação da resposta imune com doses adicionais.
O governador de São Paulo, João Dória, já sinalizou que vacinará toda a população do estado. “Avançando na segunda dose, nós poderemos avançar na dose de reforço, a quarta dose, seguindo uma ordem de faixa etária”, disse. A data de início da aplicação da quarta dose, no entanto, ainda não foi definida. Mas, ainda segundo o governador, a vacinação já foi confirmada pelo comitê científico e o estado está preparado para começar.
Contudo, de acordo com o Ministério da Saúde, “até o momento não existem dados suficientes no Brasil para a recomendação de uma quarta dose para a população geral, exceto imunocomprometidos”.
Fonte: Dr. Paulo Franscisco Giavina Bianchi Jr., médico infectologista coordenador do grupo de Trabalho ASBAI COVID-19 da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.