Farinha de milho: Como é feita e receitas com o alimento
O milho é um dos alimentos que constituem a base do cardápio brasileiro. Em algumas regiões (Nordeste, por exemplo), ele é o protagonista de diversos pratos — do cuscuz à farofa. Por isso, a farinha de milho também está presente na casa da maioria das pessoas. Mas será que ela é saudável? Saiba mais:
Farinha de milho, farinha de milho flocada (flocão) e fubá: Diferenças
São tantos os produtos existentes no mercado que é normal ficarmos em dúvida sobre eles — quem não lembra do cantor Fiuk tentando fazer uma farofa com o item errado em um reality show? A farinha de milho, o flocão e o fubá, por exemplo, têm a mesma matéria-prima: o milho.
Contudo, você já deve ter percebido diferenças entre as texturas de cada um. Isso porque enquanto o fubá é bem fino, a farinha é um pouco mais grossa e o flocão, como o próprio nome já diz, vem em flocos e é bem amarelo.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), farinha de milho e fubá são a mesma coisa. Isto é, o produto é obtido a partir da moagem do grão de milho, posteriormente passado por uma peneira. A única diferença é que o primeiro é mais espesso e o segundo mais fino (e, portanto, absorve mais água na hora do cozimento).
O flocão, por outro lado, passa por um processo de fabricação distinto. Nele, os grãos de milho precisam passar por uma etapa chamada degerminação. Ou seja, a parte branca do milho, conhecida como gérmen, é retirada. Somente depois disso o alimento é triturado.
Parece bobagem, mas cada um desses métodos rende receitas completamente diferentes. Como:
- Fubá: polenta, mingau, empanados, sopas e bolos;
- Farinha de milho: cuscuz paulista, farofas, broas e biscoitos;
- Flocão: cuscuz nordestino e “tapioca” de cuscuz.
Cuidados com relação ao consumo
O milho é um cereal rico em nutrientes como proteínas, vitaminas do complexo B, fibras, e amido (carboidrato). Contudo, vale lembrar que as farinhas mencionadas acima são versões industrializadas do alimento, e devem ser consumidas dentro de um cardápio equilibrado.
“A preferência no consumo de alimentos como os cereais deve ser pelo grão integral em vez das farinhas. Se a opção for pelas farinhas, que essas sejam então as integrais”, explica a nutricionista Dayse Paravidino.
Isso porque a farinha de milho é rica em carboidratos e possui alto índice glicêmico, o que pode contribuir para picos de açúcar no sangue. Por isso, o recomendado é sempre incluir fibras e proteínas magras para acompanhar.
Leia também: Milho: Um alimento versátil e saudável
Receitas com farinha de milho
Fonte: Dayse Paravidino, nutricionista, membro da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ASBRANMI).