Hoje em dia, controlar o diabetes é mais fácil do que há dez anos. No entanto, isso não significa que o paciente está livre dos procedimentos de rotina. Por isso, hoje vamos entender quais são os principais exames para monitorar o diabetes. Vamos lá?
Antes de entrarmos nos detalhes, vale a pena lembrarmos o que define o diabetes. Essa é uma condição crônica, em que os níveis de glicose, isto é, de açúcar no sangue, ficam aumentados porque o corpo não produz insulina o suficiente ou não consegue empregar de forma adequada a insulina que produz.
“O diabetes é detectado através da dosagem de glicemia de jejum em um exame de sangue”, explica a Dra. Jacqueline Rizzoli, médica endocrinologista e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). “É um exame simples, barato e que deve ser feito como rotina em pessoas adultas.”
Aliás, importante ficar atento aos sinais: uma pessoa que sente muita sede e vai muito ao banheiro (ao ponto de acordar de madrugada para tomar água ou urinar) pode estar com diabetes. Nesse caso, o ideal é procurar um médico para fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento adequado.
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Diagnóstico feito e comprovado. Mas e agora? Bom, agora a doença passa a fazer parte do cotidiano do paciente, que contará com medicamentos e exames de rotina para manter o diabetes controlado.
Assim, alguns desses exames são feitos em laboratório, com a dosagem da glicemia de jejum, que vai avaliar a glicose no momento do exame, e a hemoglobina glicada, um exame de sangue que mostra a média aproximada da glicose no sangue nos últimos 3 a 4 meses.
Existe ainda a famosa dosagem capilar: em que o paciente faz um furinho na ponta do dedo e coloca uma gota de sangue em um aparelho portátil, o glucosímetro, que mede a glicose do sangue — o resultado sai em alguns segundos.
“Estes testes são importantes para monitorar a glicose no dia a dia e fazer ajustes no tratamento”, continua a médica. “São indicados principalmente para pacientes em uso de insulina e em uso de várias medicações para tratar o diabetes.”
Além disso, para manter a glicose bem controlada, existem dispositivos de sensores de glicose aplicados na região posterior do braço, que fazem inúmeras medidas por dia, através de um aparelho de leitura ou de um aplicativo no celular.
“Estes sensores dispensam as picadas de ponta do dedo e têm duração máxima de 14 dias, devendo ser trocados após esse período. São práticos, contudo, com custo mais elevado que o dos glucosímetros”, diz.
Fora as dosagens rotineiras, o paciente diabético precisará manter uma rotina de exames variada.
“Estes são os exames básicos que devem ser feitos em todos os pacientes portadores de diabetes mellitus, além disso, mais exames poderão ser necessários a critério médico”, finaliza Jacqueline.
Fonte: Dra. Jacqueline Rizzoli, médica endocrinologista. Além disso, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO).