Como saber se tenho diabetes? O que é e sintomas

Saúde
18 de Fevereiro, 2022
Como saber se tenho diabetes? O que é e sintomas

Como saber se tenho diabetes? Diabetes é uma doença bastante comum – tanto, que é possível que você conheça pelo menos uma pessoa que convive com ela, seja parte da família ou não. Identificar essa condição de saúde está cada vez mais fácil também. Afinal, ela é tão presente no dia a dia que já existem técnicas muito rápidas de diagnóstico. Hoje, vamos entender melhor os seus principais sintomas e condutas. 

O que é diabetes? 

Segundo a Dra. Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o diabetes é dividido, principalmente, em dois tipos. O tipo 1 é uma doença autoimune, o que significa que o corpo produz anticorpos contra o pâncreas e a insulina produzida pelo paciente. Esse é mais conhecido como o tipo de diabetes que dá os primeiros sinais ainda na infância. 

O diabetes tipo 2 é aquele que surge nos adultos. Ou seja, que dá os primeiros sinais mais adiante na vida, e começa com uma dificuldade da insulina produzida pelo organismo agir no corpo e transferir o açúcar ingerido para dentro das células – é uma forma de resistência à insulina que desgasta o pâncreas (onde a insulina é produzida), gerando o quadro de diabetes. 

Além disso, existe também mais um tipo de diabetes, o diabetes gestacional, que surge em pacientes grávidas, durante a gestação. Nesse caso, assim como no anterior, a dificuldade é, justamente, a resistência do corpo à ação da insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue. 

Como saber se tenho diabetes: os sintomas mais comuns desta condição de saúde são: 

  • Polifagia: fome excessiva ou extrema;
  • Poliúria: necessidade excessiva de urinar, inclusive à noite;
  • Polidipsia: sede excessiva;
  • Fraqueza e cansaço;
  • Por fim, falta de ânimo. 

“Muitas vezes, é um ciclo. Ou seja, a pessoa sente mais sede, toma sucos ao invés da água e aumenta a resistência à insulina, aumenta o açúcar no sangue e o corpo não consegue equilibrar”, explica a médica. “Consequentemente, ela acaba piorando o seu quadro de diabetes.” 

O que causa o diabetes tipo 2? 

Antigamente, ter história familiar de diabetes era o suficiente para acender uma luz de alerta sobre o assunto. Hoje em dia, não necessariamente esse é o único fator que determina uma predisposição à doença. 

Uma vida sedentária, com uma rotina de sono muito desregulada e uma alimentação desequilibrada, além da obesidade, são alguns dos principais fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver diabetes. A suspeita aparece junto com os sintomas: por isso, vale a pena ficar de olho nos níveis de sede, fome e no número de vezes que uma pessoa vai ao banheiro. Um ponto que sempre levanta suspeitas é quando você precisa levantar no meio da noite para fazer xixi ou tomar água. 

Nesses casos, o ideal é buscar um endocrinologista, que vai pedir o exame mais famoso diante desse quadro: duas glicemias em jejum, tiradas em dias diferentes. Assim, a confirmação vem caso os dois valores estejam maiores ou iguais a 126 mg/dl. Um exame de hemoglobina glicada maior que 6,5 também auxilia no diagnóstico. 

Você também já deve ter ouvido falar em pré-diabetes, certo? Essas pessoas, normalmente, começam a apresentar sintomas, mas os seus exames de hemoglobina ou glicose não aparecem tão alterados quanto esperado. Nesse caso o médico pode pedir por uma curva glicêmica, que vai determinar se esse paciente está à beira de entrar em um quadro de diabetes.

Como saber se tenho diabetes e tratamentos

O principal tratamento segue sendo as mudanças de estilo de vida, principalmente com uma adaptação da dieta, equilibrando o consumo de carboidratos (optando pelos complexos), proteínas e verduras de boa qualidade, distribuídas nas refeições durante o dia.

Leia também: Quem tem diabetes pode comer batata-doce? 

Assim, apostar em alimentos ricos em fibra é sempre recomendado, já que a fibra diminui a absorção de açúcares. A maioria dos pacientes, explica a médica, não precisa de insulina para conviver bem com o diagnóstico, atualmente existem ótimos medicamentos que auxiliam no controle glicêmico. 

Mas, tudo isso, claro, depende da avaliação de um médico endocrinologista. Por isso, a recomendação é sempre procurar um especialista caso os sintomas comecem a aparecer. 

Fonte: Dra. Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

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