Exame de estradiol: para que serve e porque pode estar alterado

Saúde
14 de Abril, 2022
Exame de estradiol: para que serve e porque pode estar alterado

O exame de estradiol mede a dosagem do hormônio estrogênio, ou estradiol, no sangue. Assim, avalia, principalmente, a fertilidade da mulher ou do homem.

Dessa forma, nas mulheres, por exemplo, o exame investiga o funcionamento dos ovários, além de avaliar o status menopausal eventual, segundo o Dr. Gustavo Barison, ginecologista do hospital Santa Catarina. Veja agora para que serve o exame de estradiol, como ele é feito, preparação, valores de referência, entre outras informações.

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Para que serve o exame de estradiol? 

O principal objetivo do exame de estradiol é investigar como está a fertilidade. No entanto, sua importância não para por aí. Ele ainda pode ser utilizado para verificar a eficácia do tratamento para infertilidade, descobrir se uma menina já iniciou a fase da puberdade, bem como verificar se o paciente tem lesões nos ovários, testículos ou glândulas supra-renais. 

Além disso, o exame de estradiol também pode identificar tumores produtores de estrogênio e descobrir os motivos pelos quais ocorrem sangramentos vaginais e ausência de menstruação. Já no caso dos homens, além de verificar a fertilidade, o exame também indica modificações na líbido, uma vez que esse hormônio impacta diretamente no desejo sexual

Como é feito o exame de estradiol? 

O processo é simples. Assim, é feita uma coleta de sangue em laboratório. No momento da introdução da agulha, o paciente pode sentir um desconforto. Por isso, opte por realizar o exame em um lugar de confiança e que seja referência no assunto para se sentir mais confortável. 

Em alguns casos, o local em que foi feito o exame pode ficar um pouco roxo. Com o passar dos dias, esse aspecto some da região. Porém, se causar algum desconforto, recomenda-se buscar orientação com a equipe do laboratório. 

Preparação para o exame: o que eu preciso saber?

Em grande parte dos casos, não há necessidade de fazer um preparo específico para esse tipo de exame. No entanto, o médico pode solicitar ao paciente que não tome alguns medicamentos que podem modificar os seus níveis no corpo. Por exemplo: antibióticos, anticoncepcional ou remédios com corticoides.

Além disso, o paciente deve informar ao médico que tem alguns problemas de saúde, como anemia, pressão alta, doenças renais ou problemas no fígado, já que tais patologias podem modificar os valores do exame. 

Quais são os valores de referência do exame de estradiol

Os valores de referência do exame de estradiol podem variar de acordo com vários fatores, como:

Os valores de referência também podem sofrer alterações dependendo do laboratório. Porém, os seguintes dados são mais frequentes: Em homens adultos, o valor deve ficar entre 11 e 46 pg/mL. Já em mulheres, depende do período em que ela está:

  • Fase folicular: entre 22,2 e 218 pg/mL;
  • Durante o período ovulatório: entre 40,3 e 511,3 pg/mL;
  • Fase lútea: 25,3 e 288,6 pg/dL;

As mulheres na fase da menopausa podem apresentar até 47 pg/mL, caso elas não tenham realizado terapia de reposição hormonal. 

Leia mais em: Mudanças no ciclo menstrual indicam riscos à saúde do coração

Valores de referência para as crianças 

Os valores do exame podem ser diferentes conforme a idade da criança:

  • Meninos até 10 anos: os resultados menores que 20 pg/ml são considerados normais; 
  • Meninas: o resultado é considerado dentro do padrão é entre 6 e 27 pg/mL. 

Para uma avaliação correta, o exame deve ser avaliado por um médico.

Alto estradiol: o que isso significa?

Os valores de estradiol mais altos podem ser variáveis ao longo do ciclo menstrual da mulher, já que esse hormônio tem sua produção variada ao longo do ciclo. 

Mas, de uma forma geral, espera-se nas mulheres no menacme (mulheres com vida reprodutiva) valores mais altos de estradiol, de acordo com o Dr. Gustavo. 

Baixo estradiol: o que pode ser? 

Os níveis baixos de estradiol são menos comuns em homens. Porém, nas mulheres, quando eles apresentarem queda, é necessário ter uma atenção redobrada. Isso porque o resultado pode identificar a síndrome de Turner, modificação no funcionamento da hipófise ou menopausa. 

É possível perceber ainda outras indicações, como mudanças no funcionamento do ovário ou síndrome do ovário policístico. 

Fonte: Dr. Gustavo Barison, Ginecologista do Hospital Santa Catarina – Paulista.

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