Estresse pode engordar: Estudo aponta que a reação nos leva a comer mais gordura
Os pesquisadores da Ohio State University têm um novo motivo para desacelerar e manter a calma. Após uma série de estudos, eles concluíram que o estresse pode engordar, já que essa reação, comprovadamente, nos leva a comer mais gordura. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é um problema que atinge cerca de 90% da população mundial, e traz como consequência diversas doenças.
A análise dos pesquisadores teve como base questionários de estresse e funções executivas de cerca de 70 mulheres. Além dessas informações, as participantes também completaram diários alimentares de 24 horas de ingestão calórica, consumo de gorduras, açúcar, vegetais e frutas. Continue lendo e entenda.
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Afinal, como o estresse pode engordar?
A pesquisa divulgada recentemente no Journal of Pediatrics, Perinatology and Child Health apresenta a relação entre o estresse e o consumo total de gordura. Com isso, os pesquisadores firmaram um objetivo mais amplo para avaliar e melhorar a dieta de mulheres grávidas com sobrepeso ou obesidade.
O resultado da pesquisa comprovou mais um efeito negativo do estresse, que soma uma longa lista que tem a insônia e a dor de cabeça como protagonistas. Assim, a análise de questionários e análises estatísticas dos participantes demonstrou que, em específico, duas habilidades relacionadas ao pensamento – planejamento e execução – foram enfraquecidas em mulheres com altos níveis de estresse. Desse modo, foi identificada a relação dessas dificuldades de planejar e executar com uma maior ingestão de gordura.
Planejamento alimentar
Uma das autoras do estudo explica porque o estresse pode engordar:
“Pessoas com um nível mais alto de estresse tendem a ter uma ingestão maior de gordura também. Se o estresse é alto, ficamos tão estressados que não pensamos em nada – e não nos importamos com o que comemos”, disse a autora Mei-Wei Chang, professora de enfermagem na Ohio State.
Ou seja, a pesquisa demonstrou que o estresse afeta diretamente a nossa capacidade de planejar, impactando em diversas áreas da vida. Em especial, na alimentação, quando não planejamos aquilo que será consumido, ficamos mais suscetíveis a consumir alimentos gordurosos, que geralmente são facilmente encontrados.
Além disso, as duas habilidades – planejar e executar – cognitivas relacionadas às funções executivas do cérebro são necessárias para controlar os pensamentos, emoções e ações. Controladas por uma região específica do cérebro, os pesquisadores acreditam que pontos fortes e fracos nessas áreas estão diretamente relacionados a fatores fisiológicos.
Por fim, a pesquisa conclui que uma intervenção nos fatores que causam estresse ajudam no controle da dieta e melhoram habilidades por meio da capacidade de planejar e executar. Portanto, sem o estresse, somos mais capazes de fazer boas escolhas, inclusive alimentares.
Estresse pode engordar: como identificá-lo?
Alguns sintomas ajudam a identificar que o estresse está causando problemas na sua saúde. Confira a lista a seguir:
- Alteração de humor;
- Hábitos de nervosismo como roer as unhas;
- Mudanças no sono, pouco ou muito;
- Alterações no apetite;
- Dificuldade de concentração;
- Preocupação excessiva e de maneira constante;
- Procrastinação;
- Perda da libido;
- Dores no corpo
- Queda de cabelo.
Minimize os efeitos do estresse
Se alguns dos sintomas listados acima são frequentes na rotina, é a hora de agir para evitar que o estresse gere problemas de saúde maiores. Nesse sentido, hábitos simples podem diminuir os efeitos do estresse no organismo.
Primeiramente, o segredo está na fórmula da vida saudável: isto é, manter uma alimentação leve, praticar exercícios físicos, ter o sono em dia e se hidratar.
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Por fim, outra sugestão para evitar que o estresse engorde é apostar na meditação, que ajuda no controle do estresse e também apresenta efeitos positivos na redução de outros problemas emocionais como depressão, ansiedade etc. Além disso, lembre-se de buscar apoio profissional para manter uma vida mais saudável longe do estresse.
Referências: Journal of Pediatrics, Perinatology and Child Health