Espinha na cabeça: entenda o que é a condição e como tratar

Beleza Bem-estar
03 de Novembro, 2022
Espinha na cabeça: entenda o que é a condição e como tratar

Apesar de a acne no rosto ser mais falada do que as das demais partes do corpo, o surgimento da espinha na cabeça também pode ser um grande incômodo para quem sofre com ela.

De acordo com a dermatologista Jaqueline Zmijevski, as pústulas – ou seja, as bolinhas de pus – que aparecem no couro cabeludo não são espinhas, mas sim um tipo de foliculite.

A seguir, a profissional explica como a condição acontece e indica as melhores formas de tratar o problema.

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Espinha na cabeça: o que é e como acontece?

Jaqueline afirma que, apesar de parecidas, as espinhas no rosto e as pústulas na cabeça são duas coisas diferentes.

“A acne é um processo inflamatório das glândulas sebáceas. Já as pústulas do couro cabeludo são as inflamações ou infecções do folículo piloso”, ela aponta.

“A unidade pilossebácea tem o pelo e a glândula sebácea, de forma que as duas estão intimamente relacionadas. Porém, alterações nessas estruturas em separado podem manifestar diferentes doenças. Quando o alvo da inflamação é o folículo piloso, podemos ter diferentes tipos de foliculite, que variam conforme o agente agressor”, completa.

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De acordo com a médica, essas lesões surgem quando o folículo piloso é alvo de um processo inflamatório, associado ou não à presença de patógenos como bactérias e fungos, que fazem surgir essas bolinhas de pus ao redor dos pelos.

“Não há relação direta entre a acne no rosto e a foliculite no couro cabeludo. Pacientes que têm mais acne podem ou não ter foliculite no couro cabeludo, assim como aqueles que não sofrem com espinhas também podem ter inflamação do pelo”, diz a médica.

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Tratamento para foliculite na cabeça

“As principais orientações são: não estourar as bolinhas de pus e não se automedicar”, alerta Jaqueline.

Para saber como agir diante do quadro, deve-se procurar orientação médica especializada para ter um diagnóstico.

“Algumas das foliculites do couro cabeludo evoluem para um processo cicatricial com destruição definitiva do folículo piloso. Assim, pode acontecer uma perda irreversível dos fios de cabelo da região acometida”, diz a médica.

“Antes de tudo, portanto, ter o diagnóstico é o que deve ser feito. Quando temos o nome do problema, conseguimos tratar da forma certa e evitar que o quadro se torne uma condição crônica.”

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Há como evitar o problema?

De acordo com a médica, não há uma forma em especial de evitar esse tipo de problema. Contudo, manter a higiene do couro cabeludo em dia já diminui as chances de uma infecção de bactéria ou de fungos.

“No caso das foliculites inflamatórias, o ideal é evitar os traumas no couro cabeludo como o atrito no colarinho, tração excessiva ao prender os fios e uso de alisantes”, ela aponta.

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Por fim, vale ressaltar que o problema pode se tornar um motivo de preocupação.

“A persistência desse tipo de lesão é sempre um sinal de alerta devido às chances de ser uma alopecia cicatricial. Diante da presença dessas lesões persistentes, ou que vão e voltam, dolorosas, múltiplas, associadas à perda dos fios, procure seu Dermatologista de confiança.”

Fonte: Jaqueline Zmijevski, dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), do Mato Grosso do Sul.

Sobre o autor

Ana Paula Ferreira
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em beleza e bem-estar.

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