Escarlatina: casos da doença dermatológica aumentam no Brasil

Gravidez e maternidade Saúde
05 de Dezembro, 2023
Escarlatina: casos da doença dermatológica aumentam no Brasil

A escarlatina é uma doença de pele contagiosa e com sintomas muito desconfortáveis. Sua causadora é a bactéria Streptococcus beta-hemolítico do grupo A, que provoca dor de garganta e irritação intensa com coceira na pele, inclusive na língua (chamada “língua de framboesa” pelos especialistas). As crianças são mais suscetíveis a dessenvolveram a doença, já que possuem o sistema imunologico mais fraco.

Recentemente, os casos de escalartina aumentaram no Brasil. O estado de São Paulo, por exemplo, a alta foi de nove vezes em comparação com o ano anterior. De acordo com dados da secretaria estadual de Saúde, de janeiro a outubro de 2023, foram 31 surtos, contra 4 em 2022. Em outubro, em Minas Gerais, três crianças vieram a óbito por insuficiência respiratória aguda e choque séptico no município de São João del Rei. A suspeita é de que as mortes foram causadas por escarlatina. 

Veja também: Dermatose: tudo sobre a condição que envolve diversas doenças de pele

Afinal, de que forma se contrai a escarlatina?

Por ser de origem bacteriana, a escarlatina pode ser adquirida em ambientes e contato com pessoas contaminadas. Por exemplo, compartilhar utensílios de comida e bebida, ter contato direto com a saliva ou estar no mesmo local que uma pessoa com a condição são possibilidades formas de se infectar. Justamente por isso que a escarlatina é mais comum em crianças que começaram a frequentar a escolinha e são mais propensas à estas situações.

Uma curiosidade sobre a escarlatina é que os estreptococos são responsáveis por outras doenças infecciosas, como amigdalite, faringite e impetigo. Portanto, para ser contaminado, o indivíduo precisa ter um “conjunto de requisitos” para a instalação da enfermidade. Em outras palavras, nem todo mundo irá pegar escarlatina, mas poderá contrair outras doenças derivadas da bactéria.

No caso da escarlatina, o indivíduo normalmente possui alergia às toxinas secretadas pela bactéria na fase de proliferação, o que reflete na intensa irritabilidade da pele. Além disso, o sistema imunológico enfraquecido contribui para a contaminação — muitas vezes um resfriado pode ser a porta de entrada para a hospedagem da bactéria.

Sintomas

Os sinais da escarlatina são bem evidentes. Veja alguns sintomas que indicam a infecção:

  • Dor de garganta.
  • Vermelhidão e coceira intensa na região do pescoço e tronco que pode se espalhar em outras partes do corpo.
  • Aspecto da pele pode ficar empolado e inchado nas regiões sensibilizadas.
  • Febre alta que gera indisposição.
  • Inapetência (falta de apetite) acompanhada de possíveis dores abdominais.
  • Enjoos e vômitos.
  • Palidez das mãos e pés.
  • Inchaço e vermelhidão da língua.

Tratamento da escarlatina

Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante buscar ajuda médica. A princípio, ir a unidades de pronto atendimento são uma boa alternativa, pois há diversos especialistas capazes de diagnosticar e prescrever o tratamento adequado. Normalmente, os medicamentos são antibióticos (penicilina) que agem contra a proliferação das bactérias, anti-histamínicos para conter as coceiras e inchaço da pele e antitérmicos para baixar a febre.

Se o indivíduo estiver desidratado, a equipe médica poderá aplicar soro para restaurar o bem-estar. No decorrer do tratamento, os sintomas desaparecem gradualmente e a pele passa pelo processo de cicatrização. Como resultado, é normal ter casquinhas nos locais afetados. Além disso, o médico poderá prescrever pomadas para aliviar o ardor da pele e auxiliar a recuperação.

Como prevenir a escarlatina?

A melhor maneira de prevenir a escarlatina é lavar as mãos frequentemente e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas e utensílios. A transmissão da doença é de pessoa para pessoa, geralmente por gotículas, portanto, deve-se evitar o contato direto com indivíduos infectados. Infelizmente, não existe uma vacina contra esta bactéria.

Referências: Ministério da Saúde e Anvisa.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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