Amigdalite: O que é e como reconhecer a doença

Saúde
19 de Agosto, 2022
Amigdalite: O que é e como reconhecer a doença

Com a função de proteger o organismo de vírus e bactérias que entram pela boca ou pelo nariz, as amígdalas são duas estruturas localizadas no fundo da garganta que podem sofrer com um problema chamado amigdalite.

Trata-se de uma inflamação que, quando ocorre, causa bastante desconforto, além de dor, febre e até dificuldade para engolir.

A seguir, saiba tudo sobre a amigdalite!

O que é amigdalite

A amigdalite é uma inflamação nas amigdalas, uma estrutura que funciona como uma barreira de defesa contra os vírus e bactérias que podem entrar no organismo pela boca ou nariz.

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Quais são os sintomas?

A dor de garganta costuma ser o principal sintoma, junto ao inchaço das amígdalas e a dificuldade para engolir bebidas e comidas.

Contudo, outros problemas também podem se manifestar. São eles:

  • Febre;
  • Vermelhidão na garganta;
  • Pontos de pus;
  • Aumento dos gânglios do pescoço;
  • Dor de ouvido, de cabeça ou no pescoço;
  • Mal-estar.

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O que pode causar a inflamação?

As causas mais comuns da amigdalite estão relacionadas a infecções virais ou bacterianas – sendo as virais as mais recorrentes.

Os principais organismos que levam a este problema são:

  • Coronavírus;
  • Influenza;
  • Adenovírus;
  • Rinovírus;
  • Vírus sincicial respiratório.

Além disso, o problema também pode ter relação com alguns quadros de saúde como a hepatite A, rubéola, HIV, sífilis, gonorréia, clamídia, tuberculose e o refluxo gastroesofágico.

Por fim, de acordo com o otorrinolaringologista Raul Zanini, os restos de alimentos na boca, causados pela falta de limpeza, podem ser mais uma causa.

“Além de causar mau hálito e problemas para a saúde da boca, ele pode favorecer as infecções nas amígdalas, assim como o refluxo, os inalantes químicos e o uso de drogas.”

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Quem tem mais chances de ter amigdalite?

De acordo com o médico Marcos Luiz Antunes, crianças tendem a desenvolver mais o problema até os sete anos de idade.

“Isso acontece porque o sistema imunológico delas ainda está se formando”, explica.

Apesar de ser mais recorrente nos pequenos, contudo, pacientes imunodeprimidos, que tenham doenças crônicas e que vivam com hábitos e vícios que afetam essa região do corpo, como o tabagismo e o álcool, também têm maiores chances de sofrer com o problema.

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Diagnóstico e tratamentos

Ao identificar o problema, o primeiro passo é descobrir se a causa foi um vírus ou uma bactéria. Isso porque, de acordo com os profissionais, o tratamento muda de acordo com o motivo da infecção.

Normalmente, para os dois casos, as medidas a serem adotadas incluem repouso, boa hidratação e alimentação equilibrada.

Quando a doença é provocada por vírus, contudo, a infecção pode atingir as amígdalas e a faringe. Com isso, analgésicos e anti-inflamatórios costumam ser receitados para os pacientes.

Já nas amigdalites causadas por uma bactéria — as mais comuns são as do tipo estreptococos —, é normal ter dor mais forte, febre alta e a presença de pus na garganta, embora os pacientes não tenham sintomas nasais. O tratamento, então, é feito com antibióticos e analgésicos.

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Amigdalite x Dor de garganta

Afinal, existe diferença entre elas? A resposta é sim.

Apesar de ambos terem o desconforto na região da garganta como sintoma, a dor de garganta pode ter causas diferentes da amigdalite e, por isso, ser tratada de uma forma diferente.

Para diferenciar os problemas, contudo, é necessário consultar um médico para identificar o motivo do incômodo e a gravidade do quadro, além de avaliar o aspecto da região afetada.

Quando retirar as amígdalas?

Alguns critérios são levados em consideração para definir se é necessário ou não fazer a cirurgia, como o sucesso ou a falência dos tratamentos anteriores, por exemplo. Ou seja, a sugestão é retirá-las quando os métodos convencionais — com antibióticos, anti-inflamatórios e outros remédios — não fazem mais o efeito desejado, .

Além disso, a cirurgia é considerada quando há infecções de repetição. Ter o problema mais de sete vezes em um ano indica que a operação é um bom caminho.

Por fim, em procedimentos emergenciais, a retirada ocorre quando há um abscesso formando muito pus ao redor do órgão. É feita, então, uma drenagem da secreção.

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Manter a imunidade em dia também é uma forma de evitar problemas como amigdalite. Para acessar o programa, clique aqui.

Fontes: Raul Zanini, otorrinolaringologista e professor da Universidade Santo Amaro (UNISA); Marcos Luiz Antunes, professor do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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