Entrar na piscina (ou no mar) depois de comer faz mal?
Quem nunca ouviu da mãe e do pai (ou dos avós e dos tios) que não podemos entrar na piscina (ou no mar) depois de comer? O conselho geralmente vem acompanhado de histórias sobre acidentes envolvendo a prática — mas que geralmente nunca são comprovados.
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Por isso, fica a dúvida: o perigo realmente existe? Quem responde é a nutricionista Marina Felicio, pós-graduanda em nutrição clínica funcional:
Entrar na piscina (ou no mar) depois de comer faz mal?
Para a especialista, tudo depende da quantidade de alimentos ingerida e do esforço que será feito dentro da água. “Se a refeição for em pequena quantidade, priorizando alimentos leves; e não houver esforço intenso, não irá causar problema algum”, ela diz.
Ou seja, comer um prato grande de feijoada e participar de uma prova de natação em seguida pode não ser legal.
“Devemos entender que, quando realizamos uma refeição, nosso organismo prioriza a digestão e há um maior fluxo sanguíneo no estômago. Quando praticamos um exercício (seja na água ou não), os músculos também precisam de mais sangue”, explica a nutri.
Desse modo, pode ocorrer um desequilíbrio na irrigação de sangue em várias partes do corpo, prejudicando a digestão. Aí, surgem problemas como mal-estar, tontura, perda de consciência, náuseas e vômito.
Assim, se a sua preocupação é descansar na beira da piscina depois de almoçar, pode ficar tranquilo. “Não existe problema em entrar na piscina após uma alimentação leve e sem a prática de exercícios físicos”, assegura Marina.
Contudo, as crianças exigem um cuidado redobrado. Isso porque elas acabam realizando muito esforço ao brincar dentro da água. Por isso, é interessante evitar deixá-las na piscina (ou no mar) logo após as grandes refeições. “Nesse caso, o recomendado é esperar pelo menos uma ou duas horas.”
Fonte: Marina Felicio, nutricionista pós-graduanda em nutrição clínica funcional.