Quer diminuir a emissão de carbono? Evite esses alimentos
Quando pensamos nos piores alimentos para a saúde do planeta, geralmente a carne vermelha vem à mente. Atualmente, o alimentos está com uma péssima reputação quando relacionado à emissão de carbono. Mas, um estudo da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, sugere que existem outros alimentos preocupantes para quem estiver tentando ser ambientalmente consciente.
De acordo com a pesquisa, as famílias que consomem mais álcool e doces têm taxas de emissão de carbono mais altas.
Uma surpresa não tão doce
Especialistas coletaram dados sobre as dietas de 60.000 famílias japonesas nas 47 regiões do país, analisando especificamente a emissão de carbono, a chamada pegada de carbono. A pegada de carbono é uma medida que calcula o impacto das atividades do homem sobre a natureza, a partir da quantidade de dióxido de carbono (CO2) que elas emitem. Quando liberado em excesso, esse gás se acumula na atmosfera e provoca profundas alterações climáticas. Com isso, quanto maior for sua pegada de carbono, mais você está “piorando” o planeta.
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Assim, eles descobriram que as casas com pegada de carbono mais altas consumiam duas a três vezes mais álcool e doces do que as famílias com taxas mais baixas.
Além disso, álcool e doces pareciam ter mais impacto na emissão de carbono do que o consumo de carne. Apesar do consumo de carne relativamente consistente em todo o Japão, a emissão de carbono era variada, com álcool e doces se destacando como o fator contribuinte.
Opinião popular desafiadora
Tornou-se amplamente aceito que reduzir a carne é uma ótima maneira de diminuir a emissão de carbono. Até Leonardo DiCaprio disse isso em seu documentário, Cowspiracy. Então, a carne não é realmente tão ruim para o planeta?
O autor principal da análise da universidade inglesa, Keiichiro Kanemoto, ainda recomenda limitar o seu consumo. “A carne é um alimento de alta emissão de carbono”, observa ele. “Assim, substituir o consumo de carne vermelha por carne branca e legumes reduzirá esses números”.
Entretanto, essas descobertas mostram como as dietas chamadas conscientes nem sempre são claras. “Todos os países estão enfrentando desafios de como mudar a alimentação para serem mais saudáveis e sustentáveis. Essa evidência do Japão demonstra que a pesquisa pode nos ajudar a identificar em que focar”, diz Kanemoto. “Os mesmos padrões de mudança na dieta em termos de açúcar, álcool e jantar fora precisam ser considerados em todo o mundo”.
O que podemos fazer
“Se levamos a sério o meio ambiente, nossas dietas precisam mudar”, diz Kanemoto. “Nossas descobertas sugerem que esse não é apenas um problema para um pequeno número de amantes de carne no Japão. Talvez seja melhor ficar em cima de alimentos menos nutritivos e excessivamente consumidos em algumas populações, como doces e bebidas alcoólicas. Por esse motivo, os pesquisadores sugeriram a possibilidade de um imposto sobre o carbono para esses itens menos nutritivos. “Se pensarmos em um imposto sobre o carbono, pode ser mais sensato direcionar doces e álcool se quisermos um sistema progressivo”, observa.
Mas, tanto quanto limitar nossa emissão de carbono diariamente, uma combinação de redução de carne, álcool e doces, além de fazer mudanças sustentáveis no local de trabalho e em casa, são ótimas maneiras de cada um cumprir a sua parte.
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