Ecoendoscopia: O que é, como é feita e para quem é indicada
A ecoendoscopia é um exame diagnóstico e terapêutico voltado para as doenças do aparelho digestivo alto e baixo. Ou seja, doenças que aparecem em locais como esôfago, estômago, duodeno, vias biliares, pâncreas, vesícula biliar, cólon e reto. Trata-se de um ultrassom realizado por endoscopia que facilita a avaliação das estruturas citadas. Isso porque é feito em contato próximo com o órgão a ser estudado.
De acordo com Sérgio Alexandre Barrichello Júnior, gastroenterologista especialista em endoscopia do Hospital Albert Sabin (HAS), a endoscopia e a ecoendoscopia são procedimentos diferentes que avaliam doenças de formas distintas. “A ecoendoscopia possui esee nome apenas por ser realizada com um gastroscópio e possuir uma via de acesso semelhante à da endoscopia”, explica.
São diversas as indicações da ecoendoscopia, como para o diagnóstico de lesões subepiteliais (que são tumores estromais ou cistos no esôfago, no estômago e no duodeno).
“A ecoendoscopia vem sendo amplamente realizada e até preconizada frente à ressonância magnética para lesões de pâncreas e na avaliação da vesícula biliar. Além disso, é considerada ‘padrão-ouro’ para o diagnóstico de microlitíase (pequenas pedras da vesícula que o ultrassom convencional não consegue visualizar). E é muito solicitada por cirurgiões no manejo de dores abdominais crônicas”, conta o médico.
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Preparo para a ecoendoscopia
Contudo, quanto às contraindicações, todo procedimento com punção deve ser realizado em pessoas com o coagulograma (exame que mede as taxas de cagulação do sangue) sem alterações e plaquetas nos níveis adequados. Ademais, quando o paciente apresenta comorbidades e/ou idade avançada, a sedação deverá ser realizada por um anestesiologista após devida avaliação.
O preparo é idêntico ao da endoscopia e ao da colonoscopia. Ou seja, apenas jejum e preparo do cólon. O tempo de duração é de 20 a 40 minutos. Após a sua realização, apenas o repouso em casa por conta da sedação é suficiente. “Em alguns casos particulares, de punções de lesões pancreáticas, podem ser necessários jejum de 6 horas e terapia com antibióticos”, adverte Alex Ingold, também gastroenterologista do HAS.
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Fontes: Sérgio Alexandre Barrichello Júnior, gastroenterologista especialista em endoscopia do Hospital Albert Sabin (HAS); e Alex Ingold, também gastroenterologista do HAS.