Doença do tatu causa morte de jovem piauiense; saiba o que é
Em Simões, no Piauí, um jovem de 17 anos morreu após ter complicações causadas por uma infecção do fungo paracoccidioidomicose (PCM). A condição também é conhecida como “doença do tatu” e o episódio com o adolescente aconteceu no último sábado, 20/08. Então, ele ficou internado por 8 dias, foi entubado, mas não resistiu.
O fungo tem esse nome porque é presente nas tocas dos animais. A vítima entrou em contato com o ambiente ao caçar tatu com um amigo e o irmão mais novo. O colega da vítima está internado em estado grave também por conta da infecção. No entanto, a doença não é contagiosa e nem transmissível de humano para humano ou de animal para humano.
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O que é a doença do tatu?
Segundo o Ministério da Saúde, a paracoccidioidomicose é a principal micose sistêmica no Brasil. O órgão ainda explica que a doença representa uma das dez principais causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes no país.
Sintomas e formas clínicas
Entre os sintomas estão:
- Tosse;
- Febre;
- Dificuldade para respirar;
- Dor abdominal;
- Inchaço dos linfonodos;
- Falta de ar.
Então, os sintomas da doença do tatu dependem do grau e forma clínica da doença. Na forma aguda ou subaguda podem surgir lesões primárias que evoluem rapidamente. Hipertrofia do sistema retículo endotelial e acometimento generalizado de linfonodos podem acontecer.
A forma crônica é a que atinge a maioria dos casos da doença do tatu, entre 74% a 96%. Assim, homens entre 30 e 60 anos são os mais afetados pela infecção. Ela surge de forma lenta e pode demorar até um ano para que o paciente perceba os sintomas. Dessa forma, o comprometimento pulmonar é algo presente em 90% dos casos.
Por fim, a forma residual se espalha e deixa sequelas que aparecem clinicamente com alterações anatômicas e funcionais geradas pelas cicatrizes que seguem o tratamento da doença. Portanto, essas sequelas surgem em vários órgãos.
Como a doença do tatu é contraída?
Assim como citado no caso do jovem piauiense, a exposição ocorre quando há manejo do solo contaminado com o fungo. Ou seja, em atividades agrícolas, terraplenagem, preparo de solo, jardinagem, transporte de vegetais, etc, de acordo com o Ministério da Saúde. Portanto, em regiões onde a caça e consumo da carne de tatu é frequente, o problema também está mais presente.
Elitismo e tabagismo são fatores de risco para o agravamento do quadro clínico. O meio mais comum de contrair a infecção é por via inalatória. Veja os órgãos afetados pelo fungo:
- Pulmões;
- Mucosas;
- Pele;
- Adrenais;
- Sistema nervoso central;
- Fígado;
- Ossos.
Diagnóstico
A doença do tatu é detectada de forma clínica e laboratorial. Assim, exames de sangue e de imagem podem ser solicitados pelo profissional responsável.
Tratamento da doença do tatu
Por fim, é extremamente importante consultar um médico em caso de suspeita ou apresentação dos sintomas da doença do tatu. Assim, o tratamento é feito com medicamentos antifúngicos.
Referência: Ministério da Saúde.