DIU: Tudo o que você precisa saber sobre o dispositivo intrauterino
Toda mulher, em algum momento, já ouviu falar sobre o DIU, termo popular referente ao dispositivo intrauterino. Basicamente, esse é um método contraceptivo interno, ou seja, um pequeno dispositivo em forma de “T” é inserido no útero da mulher e por ali fica por até 10 anos, dependendo do material.
Ao contrário de alguns dispositivos, o DIU só pode ser colocado ou retirado por um ginecologista e, de preferência, nos 12 primeiros dias do ciclo menstrual (mas essa é apenas uma recomendação, não uma regra geral). Além disso, são necessários alguns exames pré-inserção no útero, como o papanicolau, para garantir a segurança do procedimento.
O DIU tem em torno de 99% de eficácia e pode ficar no organismo, como dito acima, por até 10 anos, dependendo da matéria-prima. Para mulheres que mantêm o DIU até a menopausa, ele deve ser retirado até um ano após a última menstruação.
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Quais são os tipos de DIU?
Como dito acima, o dispositivo sempre terá o mesmo formato (um minúsculo “T”), mas pode ser feito de diferentes materiais e, portanto, ter diferentes efeitos no corpo.
O DIU Mirena, um dos mais famosos, também chamado de DIU hormonal, é feito em plástico e conta com doses do hormônio levonorgestrel, que vai sendo liberado aos poucos no útero. Uma dúvida comum é se esse hormônio tem efeitos semelhantes aos da pílula anticoncepcional, mas é importante frisar que o DIU Mirena tem ação local — ou seja, é liberado e atua apenas no útero.
O DIU de cobre é feito em plástico, mas revestido de cobre, e tem como objetivo “exterminar” os espermatozoides que passam pelo canal vaginal. Já o DIU de prata, também feito em plástico, é revestido em cobre e prata. Nesses dois casos, os dispositivos geram menos efeitos colaterais no corpo, já que não liberam hormônios, e podem ser usados em qualquer idade, inclusive por mulheres que amamentam.
Por outro lado, o DIU Mirena tem suas vantagens, já que é conhecido por diminuir o fluxo menstrual, aliviar cólicas e diminuir os riscos de câncer de endométrio.
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Vantagens e desvantagens
Como todo método contraceptivo, o DIU também possui vantagens e desvantagens que podem ser pesadas na hora de escolher a melhor opção para você. As vantagens são:
- Método de longa duração;
- Não há riscos de esquecimentos (como acontece com a pílula);
- Não interfere nas relações sexuais ou nos contatos íntimos;
- Por fim, a fertilidade retorna ao normal após a retirada do dispositivo.
E, dentre as desvantagens, temos:
- Aumento do fluxo menstrual e das cólicas, decorrente do uso do DIU de cobre em alguns casos;
- Risco de infecção uterina;
- Maior risco de gravidez ectópica;
- Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis;
- Ademais, só pode ser colocado e retirado por um médico.
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