Dieta na gravidez: alimentação pode afetar o desenvolvimento do feto
Durante a gestação, a alimentação tem o papel de fornecer energia e disposição para a mulher até a chegada do parto, além de garantir os nutrientes necessários para o feto crescer. Justamente por isso, é importante fazer boas escolhas alimentares e evitar alguns itens. Um estudo recente, feito na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriu, inclusive, que o excesso de gorduras em uma dieta na gravidez interfere no desenvolvimento cerebral dos fetos.
O estudo foi realizado com camundongos, mas os pesquisadores afirmam que o processo visto nos animais pode ocorrer de forma semelhante em humanos. De forma geral, notou-se que mães que receberam uma dieta rica em gordura durante a gravidez geraram machos que apresentaram comportamento semelhante à depressão e fêmeas menos sociáveis.
Os líderes do estudo perceberam que esses machos tinham menos serotonina no cérebro. A justificativa encontrada pelos pesquisadores é de que o excesso de células gordurosas no cérebro atrapalha o processo de produção de serotonina e ocitocina, dois hormônios ligados ao bem-estar e à felicidade.
Além disso, a dieta na gravidez mostrou ter uma influência na vida do filho a longo prazo. Isso porque esses níveis baixos de serotonina no cérebro foram detectados tanto na fase uterina, quanto na idade adulta desses animais.
Dieta na gravidez: o que comer?
A saúde do feto é uma das maiores preocupações durante a gravidez. Dessa forma, além de manter os exames em dia e ter consultas periódicas, é importante saber como nutrir esse bebê da melhor forma. Além de maneirar na quantidade de gorduras para evitar qualquer impacto no desenvolvimento cerebral do seu filho, é necessário saber quais alimentos priorizar.
Geralmente, os cuidados na gestação mudam conforme a evolução de cada trimestre. Por isso, é indispensável ter orientação individualizada, além de um acompanhamento regular. De forma geral, recomenda-se que a mulher grávida escolha boas fontes de proteína, por exemplo carnes bovina, de frango e de peixe. Nos casos de vegetarianas ou veganas, vale apostar em leguminosas e verduras.
Além disso, verduras e vegetais da coloração verde-escura devem estar presentes em abundância no prato da futura mamãe. Assim, invista em espinafre, escarola, couve e brócolis. Também separe um espacinho do seu prato para ervilha, grão-de-bico e feijão.
Fontes de carboidratos também devem estar presentes, mas lembre-se de optar por produtos com baixo índice glicêmico. Além da aveia, versões integrais do arroz, macarrão e pão são boas escolhas. Por último (mas muito importante): frutas! Opções como banana, mamão, laranja e maçã devem fazer parte de uma dieta na gravidez.
Gorduras em excesso, guloseimas, ultraprocessados, refeições cruas, bebidas alcoólicas e alguns tipos de peixe não são muito bem-vindos e podem comprometer o desenvolvimento e crescimento do bebê.
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