Benefícios da dieta mediterrânea para os rins
A dieta mediterrânea é baseada no consumo de alimentos frescos e naturais. O plano alimentar surgiu dos hábitos de países na região do Mar Mediterrâneo, na década de 1950, após estudos feitos pelo pesquisador Ancel Keys.
O norte-americano constatou que as pessoas por ali, região que engloba o sul da Espanha, sul da França, Itália e Grécia, consumiam bastante gordura, mas tinham uma menor incidência de doenças cardiovasculares.
Agora, em recente estudo, foi comprovado o quão benéfica para os rins essa dieta é.
O que comer na dieta mediterrânea
Em princípio, essa dieta consiste principalmente no consumo de peixes e frutos do mar, azeite e demais gorduras boas, alimentos integrais, frutas e verduras, laticínios, proteínas e leguminosas diversas. Ou seja, trata-se de uma alimentação altamente balanceada, nutritiva e cheia de deliciosos sabores.
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Os benefícios para a saúde dos rins
A nefrologia é a área da medicina focada na saúde dos rins, bem como de todo o sistema urinário. Os rins são dois órgãos excretores, cuja função principal é filtrar produtos do metabolismo – filtrar o sangue. Não só, cumprem a função de excretá-los, assim, produzindo a urina.
Assim, um recente estudo conduzido pela CJASN, o jornal clínico da Sociedade Americana de Nefrologia, comprovou que essa dieta pode não apenas beneficiar a saúde dos rins de qualquer um que a seguir, mas também pode especialmente beneficiar pacientes que passaram por um transplante desses órgãos.
Com certeza, faz-se claro o quão benéfica é a dieta mediterrânea para os rins. Dessa forma, seguir essa metodologia pode aumentar as chances de sucesso do transplante.
Em resumo, os pesquisadores comprovam que os rins, por si só, têm o poder de se preservar. Nesse sentido, a dieta mediterrânea é a que melhor auxilia essa preservação.
Entenda a pesquisa
Especialistas estudaram mais de 600 pacientes que haviam recebido um transplante de rim e pesquisaram cada pessoa sobre sua dieta. Cada paciente preencheu um formulário e os pesquisadores mediram a adesão a uma dieta típica do Mediterrâneo usando uma escala de nove pontos.
Assim, os participantes foram acompanhados durante cinco anos para ver como os rins estavam funcionando após o transplante. Dentro da escala de nove pontos, a cada dois pontos mais altos que uma pessoa teve, houve correlação com um risco 32% menor de insuficiência renal.
Portanto, segundo os autores da análise, essas descobertas sugerem que a adoção de uma dieta mediterrânea pode beneficiar a sobrevivência do enxerto renal após o transplante.
Com isso, os especialistas querem mais estudos para investigar os efeitos da dieta na saúde renal como um todo, esperando que seus resultados possam abrir caminho para criar melhores opções de tratamento para pacientes que sofrem de insuficiência renal.
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