Dieta e treinos de uma fisiculturista: “não costumo zerar carboidratos”

Os atletas de alta performance possuem uma rotina bem intensa. Você já imaginou, por exemplo, como funcionam dieta e treinos de uma fisiculturista? Para sanar a curiosidade, a campeã nacional e internacional de fisiculturismo, Aline Machado, detalhou o que faz no dia a dia.

Dieta de uma fisiculturista

Aline explica que a sua alimentação é dividida em basicamente dois momentos: pré-contest (antes de competições) e off-contest (fora de competições). “A dieta para off é com superávit calórico [isto é, consumir mais calorias do que o corpo gasta] para a construção muscular e corrigir certos pontos do físico”. Nessas épocas, ela tem um pouco mais de flexibilidade (com uma refeição livre na semana).

Por outro lado, o período pré-contest foca na perda de gordura a fim de preparar o corpo para os palcos. Por isso, o cardápio costuma priorizar o déficit calórico (comer menos calorias do que o organismo gasta).

Para que as estratégias funcionem, é preciso planejar e organizar muito bem a rotina. “Não costumo zerar carboidratos, mas se houver a necessidade em fase de campeonato, eu zero, como já aconteceu. Meu físico é avaliado toda semana pelos meus coaches, e vamos ajustando a dieta conforme a resposta do corpo”, diz.

Desse modo, para a atleta, a dica de ouro é: “dificultar o que não pode ser feito e facilitar o que tem que ser feito”. Ela, por exemplo, não estoca guloseimas e ultraprocessados em casa justamente para não passar vontade.

Aline também conta que gosta de deixar todas as suas refeições prontas para, assim, conseguir comer no horário certo. “Porque se você for deixar para preparar quando a fome bater, as chances de você se sabotar são grandes”, justifica.

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Treino

Se há um esporte que tem foco total na definição dos músculos do corpo humano, é o fisiculturismo. Mas além da dieta, como são os treinos de uma fisiculturista campeã nacional e internacional do esporte? Aline Machado responde isso ao ser questionada sobre o que seria mais importante na academia: a carga de peso ou o número de repetições.

Na verdade, segundo ela, o correto é focar na conexão neuromuscular e sentir de fato o músculo trabalhando. “Focar no músculo que estamos treinando, ‘esmagar’ o músculo ao final da contração do movimento e descer controlando sem fazer movimento pendular (ou seja, sem ‘roubar’). Parece simples isso que eu estou dizendo, mas, resumindo, o correto é focar no nível do seu esforço muscular”, explicou.

“Vejo muita gente pegando muito peso e comprometendo a execução. Além de ter risco de lesão, ela não sente o músculo trabalhando. Daí, então, vem a ideia de reduzir a carga para ter uma melhor ativação neuromuscular”, detalhou.

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Fonte: Aline Machado, atleta de fisiculturismo com oito anos de carreira e muitos títulos importantes dentro do esporte. Além disso, é digital influencer e atualmente cursa nutrição.