Dicas para fortalecer a imunidade e ter mais saúde

Saúde
16 de Novembro, 2022
Dicas para fortalecer a imunidade e ter mais saúde

Certamente você já ouviu que o corpo humano se assemelha a uma máquina. E, como tal, precisa de combustível de qualidade e de algumas “revisões” periódicas para funcionar perfeitamente. No entanto, diferentemente da máquina, manter hábitos saudáveis pode ser um desafio para muitos de nós. Como resultado, o dia a dia pode prejudicar um aspecto importante para uma saúde plena: a imunidade. A seguir, confira algumas dicas para fortalecer a imunidade e, assim, evitar uma série de doenças.

Leia mais: Exercícios físicos e imunidade: a relação entre eles

Dicas para fortalecer a imunidade: alimentação equilibrada

Os hábitos alimentares determinam se teremos ou não um futuro com menos doenças. Por isso, é o conselho número um das dicas para ter mais saúde. 

“Você é o que come. O excesso de alimentos industrializados, ultraprocessados, açúcar e outros aditivos prejudicam a saúde. Portanto, faça boas escolhas alimentares na maior parte do tempo para poder comer uma guloseima ou outra de vez em quando”, recomenda o nefrologista Carlos Machado.

Muitas pessoas têm dificuldades para melhorar a alimentação. Por isso, a mudança pode ser mais sutil, a começar pela redução do consumo de alimentos citados por Machado, como frituras, congelados, embutidos, bebidas gaseificadas e sucos de caixinha. Substitua por mais frutas, legumes e aumente o consumo de água. 

O poder das vitaminas

Ter variedade nas refeições garante o aporte de todos os nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema imunológico. “Nosso corpo precisa de células de defesa saudáveis e bem-fabricadas. Então, todos os nutrientes são fundamentais nesse sentido”, explica o médico.

Contudo, existem três componentes que desempenham um papel fundamental no reforço da imunidade: as vitaminas C, D e o zinco. Confira os benefícios de cada um:

Vitamina C: é um antioxidante que auxilia na proteção dos danos causados pelos radicais livres. Também participa do funcionamento do sistema imune, da absorção de ferro dos alimentos, da formação do colágeno, do metabolismo energético e de proteínas e gorduras. 

Zinco: assim como a vitamina C, reduz os danos causados pelos radicais livres. Mas exerce outras funções importantes: contribui para a manutenção do cabelo, da pele e das unhas, auxilia no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras. Além disso, integra o processo de divisão celular, da manutenção dos ossos e, por fim, o funcionamento do sistema imune. 

Vitamina D: presente na formação de ossos e dentes, também possibilita a absorção de cálcio e fósforo, o bom funcionamento do sistema imune e dos músculos. Também ajuda a manter os níveis de cálcio no sangue.

Quando suplementar?

Geralmente a suspeita de alguma deficiência nutricional ocorre a partir de sintomas como cansaço e fadiga frequentes, mesmo após uma noite de sono ininterrupta. Para confirmar o quadro, o médico pode solicitar exames de sangue que avaliam diversos indicadores. 

Atualmente, existem diversos suplementos com combinações estratégicas, pensadas para suprir a demanda do sistema imunológico. Mas, lembre-se: só consuma esse tipo de produto sob orientação médica. 

Faça consultas de rotina

As visitas periódicas ao médico servem para evitar surpresas e melhorar as chances de um diagnóstico precoce. “A cada três ou quatro meses, nosso corpo muda radicalmente. Dessa forma, o indivíduo precisa fazer check-ups duas ou três vezes ao ano para acompanhar a saúde”, aconselha o médico. 

Gerencie os problemas que você tem conhecimento

Ao descobrir uma enfermidade, é importante seguir o tratamento e as recomendações profissionais. Uma pesquisa da Federação Mundial de Diabetes mostrou que 50% dos pacientes com diabetes tipo 2 abandonam os cuidados depois de seis meses. 

Os motivos são a falta de motivação para mudar os hábitos, baixa preocupação com a gravidade da doença e a ausência de sintomas. Embora o levantamento se limite ao diabetes, essa situação pode acontecer em qualquer diagnóstico. 

“O controle da hipertensão, do colesterol e de outros problemas de saúde não podem ser deixados de lado para não resultar em complicações maiores”, reforça Machado. 

Outras dicas para fortalecer a imunidade

Abandone o cigarro e o álcool

Não é novidade que essa dupla causa uma série de danos à saúde. Ela encabeça uma lista de doenças potencialmente graves e incapacitantes: variados tipos de câncer, cirrose hepática, falência de órgãos, impotência sexual, distúrbios respiratórios, gastrointestinais e metabólicos… 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 8 milhões de pessoas morrem pelo tabagismo a cada ano. Em síntese, não traz nenhum tipo de benefício. “Os vícios em geral reduzem a longevidade, porque causam um desequilíbrio generalizado. O problema não está só no veneno, mas na quantidade dele a longo prazo”, acrescenta o especialista.

Valorize o descanso

Dormir bem é tão importante quanto alimentar-se adequadamente. Durante o sono, o organismo trabalha para restaurar as funções vitais e realiza uma espécie de “faxina” em todas as áreas. 

Portanto, o descanso insuficiente não só drena a disposição, mas compromete a imunidade, o humor, a capacidade de memorização, aprendizado e aumenta a produção de cortisol. Como resultado, o indivíduo pode envelhecer precocemente e ficar vulnerável a diversas doenças. 

Faça qualquer tipo de movimento

A falta de exercício físico na rotina assola boa parte da população. Embora pareça inofensivo, o sedentarismo é um fator de risco para enfermidades como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, e outros.

“O mínimo de exercício físico, associado às pequenas mudanças que citei anteriormente já farão a diferença. Se puder, faça 1h de caminhada ao dia, um pouco de musculação. O movimento dá mais disposição e energia para fazer as atividades do dia, além de manter o sistema imunológico sempre ativo”, finaliza Carlos Machado.

Fonte: Carlos Machado, médico nefrologista – CRM-SP: 41.937.

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