Dermatite solar: sintomas, causas e como tratar
Você sabia que algumas pessoas podem ser alérgicas ao sol? A condição é chamada de dermatite solar, um tipo de irritação relacionada à exposição solar e que afeta a pele.
Ainda não se sabe exatamente o mecanismo de causa da dermatite solar, mas algumas pesquisas já mostraram que a luz UV altera uma substância na pele, provocando uma reação no sistema imunológico que a deixa inflamada.
“Em outras palavras, a dermatite solar parece ser uma reação de hipersensibilidade cutânea após a interação com a radiação ultravioleta”, diz a dermatologista Andreia Castanheiro da Costa, professora do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e docente da Faculdade de Medicina do ABC.
Também sabe-se que pode haver predisposição genética para a dermatite solar. Como e por que a doença acontece, porém, ainda não há respostas definitivas. A seguir, vamos conhecer melhor tipos, sintomas, e como tratar a dermatite solar.
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O que é dermatite solar?
Este é um nome genérico para um grupo de doenças causadas pela luz do sol. A mais comum é a chamada erupção polimorfa à luz. Ela é mais recorrente em locais de clima temperado e ocorre principalmente na primavera e no início do verão, após as primeiras exposições solares mais longas depois do outono e inverno. É mais presente em mulheres de 15 a 35 anos e de pele clara e é considerada a fotodermatose mais frequente na infância.
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Quais são os sintomas?
Os mais comuns são manchas vermelhas que coçam e pequenas bolhas, que podem ressecar e deixar a pele áspera.
As lesões surgem, em média, 18 horas depois da exposição solar, em áreas mais expostas como braços e mãos, porção superior do tronco, pescoço e coxas.
Dá para prevenir?
A medida mais importante é, em primeiro lugar, a proteção solar. “Vários estudos já estabeleceram a eficácia do uso regular de fotoprotetores na prevenção de episódios de dermatite”, diz a médica.
Mas, não é qualquer protetor: ele deve ter FPS de pelo menos 30 e também proteger contra os raios UVA. E ser reaplicado a cada 2 horas. “Atualmente se fala muito na preferência pelos filtros físicos, pois tendem a ser mais seguros e com menor impacto ambiental”, comenta Andreia.
Outra medida importante é o uso de roupas durante a proteção solar. As peças, por si só, já representam uma barreira física aos raios UV. Mas, se tiverem proteção específica, melhor ainda!
Quem tem dermatite solar também deve ficar atento às janelas de casa, do carro ou do escritório. Quase toda radiação UVB é filtrada pelo vidro mas, quanto à radiação UVA, o grau de filtração varia de acordo com o tipo e espessura do vidro. Por isso, ainda assim vale fazer uso de protetor solar nas áreas expostas do corpo em ambientes fechados também. Se for possível, procure ficar a maior parte do tempo na sombra, o que reduz a exposição à radiação UV em 50% a 95%.
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Tratamento para a dermatite solar
Casos mais brandos tendem a melhorar apenas com as medidas preventivas acima. Já em casos mais intensos pode haver a necessidade de tratamentos complementares. “O uso de corticoides tópicos e orais pode ser necessário, assim como o uso de antimaláricos”, diz a dermatologista.
Outro tratamento é a fototerapia, ou seja, a exposição controlada e gradativa da pele aos raios UV, no intuito de gerar tolerância à exposição solar e evitar a piora ou agravamento da doença.
Em síntese, a dermatite solar é relativamente simples de ser controlada, desde que se tome medidas básicas de proteção. Se o incomodo for grande, no entanto, procure um médico.
Fonte: Andreia Castanheiro da Costa, dermatologista e professora do Curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo e docente da Faculdade de Medicina do ABC.