Como se depilar na gravidez e puerpério: veja 5 dicas e cuidados
O corpo da mulher passa por uma série de mudanças durante e após a gestação, que fazem com que tarefas que antes pareciam fáceis se tornem mais difíceis. É o caso de como se depilar na gravidez e no pós-parto.
De acordo com a dermatologista Judith Cavalcante, é comum ocorrer um aumento de pelos por causa das mudanças hormonais que o corpo feminino enfrenta durante e após este período.
Para aquelas que querem manter a depilação em dia, portanto, a profissional listou alguns cuidados que podem ajudar na hora da remoção.
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Como se depilar na gravidez e puerpério
De acordo com a médica, a pele das mulheres grávidas fica mais propensa a ter irritações e alergias porque, neste período, a imunidade passa por certas mudanças.
Além disso, o corpo também passa a absorver mais as substâncias que entram em contato com a pele, que está mais vascularizada.
Por fim, outra mudança comum ao longo da gravidez é a propensão às manchas, por causa dos hormônios.
“As mulheres grávidas podem fazer depilação em qualquer fase da gestação. A diferença, contudo, é que escolher métodos menos agressivos para a pele se torna ainda mais importante”, explica Judith.
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“O mesmo vale para as primeiras semanas após o parto, já que também são acompanhadas de diversas mudanças hormonais”, ela completa.
Pensando nisso, a profissional listou alguns pontos importantes para as gestantes na hora de se depilarem:
Método de depilação
Apesar de ser uma escolha particular de cada mulher, no caso das gestantes existem algumas contraindicações.
Segundo a médica, a depilação com laser ou luz intensa pulsada pode não ser a melhor opção porque tem maior chance de hiperpigmentação.
Os cremes de depilação, por sua vez, podem gerar alergias e irritações na pele por causa das alterações na imunidade e a maior vascularização.
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Já no caso da cera, os cuidados devem ser com a alta temperatura e o trauma de puxar excessivamente, pois também pode escurecer a pele.
O depilador elétrico ou as lâminas, portanto, acabam sendo duas opções melhores para as mulheres gestantes.
“Porém, como em qualquer método, a atenção deve ser maior com a exposição ao sol na área depilada, que aumenta ainda mais o risco de manchas”, alerta Judith.
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Aumento no crescimento dos pelos
A dermatologista explica que é comum os pelos crescerem mais durante a gravidez, até mesmo para quem já fez depilação a laser antes.
“Na gestação, os folículos que restam sofrem maior influência hormonal, levando ao aumento no crescimento dos pelos”, ela explica.
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Pele mais irritada
“É importante evitar métodos que já foram testados antes da gestação e que irritaram a pele. Nessa fase, tudo o que causar alguma alergia ou inflamação tem ainda uma tendência maior a gerar manchas”, orienta.
Depilação íntima
Por ser mais difícil de visualizar as partes íntimas nas fases mais avançadas da gestação, caso a mulher decida fazer o processo sozinha em casa, é indicado não usar lâmina ou cera quente, pois elas podem gerar cortes e queimaduras.
“Se der preferência ao depilador elétrico, escolha dispositivos com extremidades arredondadas e proteção da área cortante no caso dos raspadores.”
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Aparar ou se depilar na gravidez?
Aparar os pelos é menos agressivo do que arrancar os raspá-los. Afinal, quando eles são apenas cortados, fica uma pequena extremidade do pelo fora da pele, evitando que encrave ou gere foliculite.
“Entretanto, para quem não tem esta tendência, arrancar promove um resultado mais duradouro, necessitando depilar com menos frequência”, afirma a profissional.
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Em contrapartida, ao raspar com lâminas descartáveis de forma rente, a camada mais superficial da pele é agredida, com maior predisposição a irritações (inclusive por dermatite de contato ao próprio metal), foliculite e encravamento.
“No pós-parto, para aquelas que fizeram uma cesariana, por exemplo, deve-se evitar métodos depilatórios na zona dos pontos da cesárea até a completa cicatrização da ferida”, alerta ela.
Fonte: Judith Cavalcante, dermatologista e consultora de Philips Beauty, de Porto, Portugal.