Como escolher a melhor creatina? Veja dicas para acertar o produto
De todos os suplementos que prometem resultado, a creatina está no ranking dos que mais entregam desempenho. Diversos estudos já validaram os benefícios da substância, incluindo melhora da força e da recuperação muscular. Um mais recente, publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition, reforçou as vantagens da creatina. Além disso, descobriu que ela pode ser útil no combate à flacidez entre as mulheres se o consumo estiver aliado à prática de exercícios físicos. Diante de tantos bons requisitos, fica a dúvida: como escolher a melhor creatina?
A seguir, veja os tipos e dicas para acertar na aquisição do produto.
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Primeiro, o que é a creatina?
Antes de conhecermos os tipos disponíveis no mercado, vamos falar sobre o que é a creatina. O produto é um conjunto de aminoácidos — glicina, metiolina e arginina. O trio é naturalmente fabricado pelo nosso fígado, rins e pâncreas, mas em poucas porções (cerca de 1 g).
O armazenamento da creatina se dá nas fibras musculares, sendo que uma parte menor vai para o cérebro. Além da versão em suplemento, podemos obtê-la por meio da alimentação, sobretudo com a ingestão de peixes e carnes vermelhas. Contudo, conseguir as quantidades ideais, que variam em torno de 5 gramas, exige uma grande manobra na dieta.
“Na maioria das vezes, é inviável atingir os níveis recomendados somente com a alimentação. Basicamente, para bater essa ‘meta’, o indivíduo deveria consumir quase 1 kg de carne vermelha. Dessa forma, a suplementação se encaixa melhor na rotina”, explica a nutricionista esportiva Eloisa Tieme.
Como escolher a melhor creatina? Conheça os tipos disponíveis
Basta uma rápida pesquisa na internet para ter uma infinidade de opções de creatina no mercado. Monohidratada, micronizada, etil éster… Afinal, como escolher a melhor creatina, e qual a diferença entre elas?
- Monohidratada: basicamente, é composta por creatina e água, é pouco solúvel e pode levar mais tempo para ser absorvida pelo corpo.
- Micronizada: diferente da monihidratada, suas moléculas são divididas em porções menores, o que facilita sua absorção no corpo.
- Etil éster: as moléculas estão ligadas a um éster, o que supostamente torna sua absorção ainda mais rápida. Contudo, seu processo de produção é o mais complexo, o que pode encarecer o preço final.
- Em soro: essa versão em forma líquida é controversa, e costuma ser misturada com vitaminas e outros aminoácidos.
Na avaliação da especialista, a melhor escolha para o dia a dia é a creatina monohidratada, por possuir o melhor custo-benefício. “É uma das formas mais populares e acessíveis do produto, com diversos estudos validando os benefícios. É possível consumir com água, sucos e vitaminas, o que melhora a tolerância à digestibilidade”, comenta.
Pesquise antes de comprar
Parece meio óbvio, mas muita gente acaba comprando a creatina ao receber a indicação de um amigo ou de influenciadores na internet.
No entanto, por mais que você dê credibilidade a quem está recomendando, busque a procedência da marca, sempre optando pelas mais conhecidas. Geralmente, elas realiza testes de qualidade e oferecem informações transparentes sobre a pureza da creatina.
Outra maneira de realizar uma compra assertiva é observar se o produto possui selos de qualidade, aprovação da Anvisa e demais certificações que atestam sua confiabilidade.
Nem sempre a mais cara é a melhor
Que atire a primeira pedra quem nunca comprou algo caro porque achava que era sinônimo de qualidade. Em alguns casos, o preço alto de um produto justifica diversos pontos: processo de produção, logística, matéria-prima, quantidade…
“Entretanto, nem sempre o que dói mais no bolso entrega o que precisamos. Existem muitas marcas no segmento que entregam produtos ótimos ao consumidor final, por isso a importância da pesquisa e da indicação profissional”, fala Eloisa.
Teste a sua tolerância à digestibilidade do produto
Falamos sobre o termo no primeiro tópico, que é muito relevante para eleger a melhor creatina. Algumas pessoas sentem desconforto abdominal após ingerir certo tipos do produto. Então, se você já experimentou uma sensação semelhante, é bom rever a versão que consumiu. Nesses casos, o auxílio profissional é extremamente útil.
Quem deve usar creatina?
O uso de creatina é bastante comum entre atletas e pessoas que miram o ganho de massa muscular. Mas, quem também se beneficia são pessoas com idade mais avançada que apresentam sarcopenia. Ou seja, perda de massa muscular, e quadros de osteoporose.
Assim, a creatina, quando acompanhada de treinamento de resistência, pode ajudar a aumentar a força e potência na terceira idade.
De qualquer forma, é importante consultar um nutricionista antes de incluir o suplemento na dieta. O profissional tem a capacidade de avaliar a necessidade e orientar as quantidades e a frequência.