Colesterol alto traz consequências para o cérebro, aponta estudo

Saúde
23 de Agosto, 2021
Colesterol alto traz consequências para o cérebro, aponta estudo

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 40% dos brasileiros apresentam colesterol alto. Ou seja, o número aproximado é de 86 milhões de pessoas. Além disso, o órgão indica que níveis anormais da substância no sangue são responsáveis por cerca de 300 mil mortes por infartos e derrames todos os anos. Mas você sabia que existe uma relação entre colesterol alto e problemas no cérebro?

Mesmo que as consequências mais conhecidas do colesterol alto estejam relacionadas ao coração, também existem efeitos negativos para o cérebro. Esse foi o resultado de um estudo produzido por especialistas da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), da UnB (Universidade de Brasília) e de instituições internacionais.

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Colesterol alto e cérebro: O que o estudo descobriu

O estudo apontou que o colesterol alto está diretamente relacionado ao comprometimento da formação de novos neurônios no cérebro. De acordo com Fabiano de Abreu, neurocientista, psicanalista e biólogo, essa relação já foi apontada por alguns pesquisadores há algum tempo.

“Os estudos preliminares sobre colesterol alto e cérebro aconteceram no final da década de 1980 e no início da década de 1990. A diferença é que, na época, os pesquisadores relacionaram o colesterol alto a problemas de memória – mesmo que não muito significativos”, explica.

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Segundo Abreu, os neurônios são produzidos ao longo de toda a vida e é exatamente nesse processo de formação que o colesterol alto interfere. “A neurogênese, nome do processo de formação dos neurônios, é lenta e, se comprometida, pode trazer consequências ao sistema nervoso como um todo”, aponta o neurocientista.

Como o colesterol alto é uma doença silenciosa, o especialista alerta para as medidas de prevenção – pois elas podem proteger as pessoas de consequências mais graves.

“Para que você possa prevenir e até mesmo tratar a doença, é importante adotar alguns hábitos. Tais como: fazer atividade física com frequência, manter uma alimentação saudável e parar de fumar”, finaliza Abreu.

Fonte: Fabiano de Abreu Rodrigues, doutor em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios pela Universidade de Harvard. É, também, diretor do CPAH (Centro de Pesquisas e Análises Heráclito).

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