Cefaleia: veja causas da dor de cabeça e como tratá-la

Saúde
31 de Março, 2022
Cefaleia: veja causas da dor de cabeça e como tratá-la

A cefaleia ou dor de cabeça é um incômodo corriqueiro. Ou seja, geralmente não há uma razão grave para se preocupar se a dor for passageira e importunar de forma pontual. Por exemplo, estresse, desidratação, alimentação inadequada, insolação, poucas horas de sono, muito tempo em frente ao computador ou outras telas…

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Tipos de cefaleia

Alguns hábitos são reveladores em relação a certos tipos de cefaleia, que pode causar dor em qualquer área da cabeça e pescoço. O desconforto pode ser classificado em grupos primário e secundário. A cefaleia primária pode ser tensional, em salvas e enxaqueca; a secundária acompanha outras doenças, como sinusite, gripe, resfriado, AVC, traumas no crânio etc.

Tensional: é o tipo mais comum, cuja dor varia de leve a aguda, mas não impede que a pessoa siga sua rotina. A princípio, é originada por má postura ou tensão muscular da região cervical e da cabeça, bruxismo, falta de hidratação, privação de sono, vista cansada e pode doer uma área específica ou irradiar para outros locais. Exemplo: dor na testa, pontadas na nuca, dor de cabeça ao movimentar o pescoço.

Em salvas: nesse caso, a dor é muito forte e afeta o rosto e o fundo dos olhos, que podem ficar vermelhos e irritados. As vias aéreas podem reagir com obstrução nasal e coriza, sobretudo no lado mais dolorido. Normalmente é confundida com sinusite, mas há evidências de que esse tipo de cefaleia seja um distúrbio do hipotálamo, uma glândula do cérebro responsável pelos ciclos do sono. Outra curiosidade é que essa dor é predominante em homens adultos, entre 20 e 30 anos.

Enxaqueca: do grupo primário, é uma das enfermidades mais doloridas e que atrapalham a qualidade de vida. De caráter crônico, as mulheres são as mais prejudicadas pelo problema. A dor se manifesta em um lado da cabeça e é latejante e difícil de suportá-la. Por essa razão, o indivíduo pode ficar enjoado, irritado com ambientes iluminados e, em alguns casos, com alterações na visão. É necessário tratamento médico, principalmente se as crises forem recorrentes.

Afinal, como perceber se a cefaleia é um sintoma grave?

Quando a dor é muito intensa e persistente, que leva mais de 48h para desaparecer também deve ser sinal de alerta. Principalmente se estiver acompanhada de outros incômodos, como febre, indisposição e dor em outros locais. Contudo, qualquer suspeita deve ser analisada por um médico, pois a cefaleia pode pertencer ao grupo secundário e se apresentar como indício de diversas enfermidades, como aneurisma, meningite, sinusite, gripe, Covid-19 e outro tipos de distúrbios neurológicos ou infecções. Por outro lado, se a dor for leve, isolada e passar de forma espontânea após um período de descanso, não é necessário buscar ajuda médica.

Como tratar

Se a cefaleia for leve, basta beber bastante água e repousar em um ambiente com pouca ou nenhuma luz. Evitar mexer no celular ou ficar em contato com outras telas também ajuda. No entanto, se a crise de cefaleia estiver insuportável, além dessas recomendações é desejável buscar ajuda médica para avaliar o caso e prescrever o tratamento adequado. Durante a consulta, é importante informar todos os sintomas e há quanto tempo eles existem, se está tomando algum tipo de medicamento ou se possui doenças crônicas. Todos esses detalhes ajudam o especialista a identificar a causa e fazer o diagnóstico assertivo.

Referências: Sistema Único de Saúde (SUS); Rede D’Or São Luiz; e Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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