Causas da queda de cabelo: quando devemos nos preocupar?
Fios soltos no chão do quarto, na escova, no banheiro… A queda de cabelo é um problema muito comum e que pode ter um impacto significativo para a aparência e autoestima das pessoas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o quadro pode ocorrer por uma série de causas diferentes e costuma acontecer de forma distinta para homens e mulheres: enquanto no caso deles a perda dos fios tende a se concentrar no topo do couro cabeludo, nas mulheres ela é mais difusa.
Para saber se a queda é ou não motivo de preocupação, seria necessário acompanhar o volume de cabelo perdido: o número de alerta é de cem fios perdidos por dia.
Por ser quase impossível fazer essa contagem, a dermatologista Fabiane Andrade Mulinari Brenner alerta que devemos nos atentar à densidade da queda dos fios.
“Se não ocorre uma reposição adequada, pode ser um sinal de doenças relacionadas ao couro cabeludo”, ela diz.
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Causas da queda de cabelo
De acordo com a profissional, são três as principais condições que contribuem para a queda de cabelo: eflúvio telógeno, alopecia androgenética e alopecia areata.
Eflúvio telógeno
Este quadro costuma surgir a partir de infecções, estresse, problemas na tireoide e deficiências nutricionais.
Geralmente, os folículos do couro cabeludo ficam em fase de repouso e depois podem cair. “Ela diminui a densidade do cabelo”, reforça Fabiana.
Dessa maneira, o tratamento deve mirar a causa do problema, como a reposição de nutrientes ou o manejo do estresse.
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Alopecia androgenética
Mais conhecida como calvície, esse é um problema que pode levar à perda total ou parcial dos cabelos, devido a influências hormonais e genéticas.
“Em certo grau, a alopecia afeta em torno de 50% dos homens e 40% das mulheres acima de 50 anos”, afirma o dermatologista Caio Lamunier.
De acordo com o profissional, os sintomas mais expressivos tendem a surgir a partir dos 40 anos.
Nos homens, são as “entradas” ou aquela “coroa” no topo da cabeça. Já nas mulheres, o problema costuma aparecer mais tardiamente e de forma menos intensa. Nesse sentido, na fase da menopausa, é comum observar aumento de fios perdidos, justamente por questões hormonais.
O tratamento irá depender de cada caso, mas no geral, inclui medicamentos administrados via oral ou e uso tópico no couro cabeludo.
Alopecia areata
Trata-se de uma condição relacionada a doenças autoimunes, que provoca falhas arredondadas no couro cabeludo. De acordo com a especialista da SBD, esse quadro atinge 1% da população.
Além disso, ao contrário da alopecia androgenética, que manifesta seus sintomas na fase adulta, este problema também pode atingir crianças.
O tratamento em geral é feito com remédios específicos aplicados na região do couro cabeludo e na cabeça.
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Outros motivos que levam à queda de cabelo
Além das causas apontadas acima, alguns outros fatores podem influenciar na queda de cabelo em excesso. São eles:
- Química em excesso
Diversas intervenções estéticas podem causar danos. As progressivas à base de formol são um bom exemplo. “O fio alisado fica desidratado e bem quebradiço”, destaca Lamunier.
Já o tioglicolato de amônia, substância muito usada para fazer relaxamento nos cabelos, desestrutura as células do córtex dos fios, conhecido como o “coração” do cabelo. “Ele determina o formato dos fios, além da sua cor, força e elasticidade”, diz o dermatologista;
- Covid-19
De acordo com os especialistas, também tem sido comum pessoas reclamando de queda capilar após contraírem o coronavírus. Mesmo com poucos estudos relacionados ao tema, os dermatologistas indicam que os fios podem cair depois da doença. O tratamento é individualizado;
- Falta de nutrientes
O ferro é um dos minerais necessários para uma boa saúde dos cabelos. Portanto, a falta do nutriente acentua a perda dos fios. Isso vale para vitaminas do complexo B.
Por isso, é fundamental seguir uma alimentação equilibrada. Se for o caso, o profissional pode sugerir suplementações;
- Emagrecimento repentino
A queda de cabelo está mais relacionada à falta de nutrientes do corpo. Por isso, na hora de emagrecer, é preciso buscar orientação profissional para seguir uma alimentação adequada. Apesar de promoverem resultados mais rápidos, dietas restritivas podem causar efeitos colaterais, como a queda das madeixas;
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- Estresse
Estar com as emoções à flor gera uma montanha-russa de sentimentos, incluindo estresse e ansiedade, que aumentam a produção de cortisol e contribuem para o desequilíbrio do organismo em diversos aspectos. A queda de cabelo é um indicativo desse quadro;
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- Gravidez
Neste caso, a perda dos fios é causada pelos hormônios. Isso porque a alta produção de progesterona pode enfraquecer o cabelo e torná-lo quebradiço.
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Tratamentos
A boa notícia para quem sofre com a queda de cabelo é que existe uma série de tratamentos para amenizar ou acabar com este problema.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, dentre as opções terapêuticas estão os medicamentos tópicos e orais.
Exemplo disso é a suplementação através de nutracêuticos, ou seja, produtos derivados de fontes alimentares que oferecem benefícios para a saúde e beleza. É o caso do Imecap Hair Max, que são cápsulas formuladas com nutrientes que contribuem para o crescimento saudável e o fortalecimento não só dos cabelos, mas também das unhas.
Além disso, ainda há lasers que podem ser usados para estimular o crescimento dos fios e, para os casos mais acentuados, o transplante de cabelo.
Vale ressaltar, contudo, que antes de partir para o tratamento é indispensável buscar um dermatologista para uma consulta.
Só ele poderá investigar as características, prováveis causas da queda de cabelo e, a partir disso, indicar a melhor opção para cada caso.
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia; Fabiane Andrade Mulinari Brenner, dermatologista; Caio Lamunier, dermatologista.