Carboidratos acessíveis à microbiota: por que você deveria consumi-los?

Alimentação Bem-estar
17 de Maio, 2022
Carboidratos acessíveis à microbiota: por que você deveria consumi-los?

Você já ouviu falar dos CAMs? A sigla significa carboidratos acessíveis à microbiota, e apesar do nome esquisito, eles são fáceis de entender e muito importantes para a saúde do nosso intestino! Entenda melhor:

O que são carboidratos acessíveis à microbiota?

O médico Dr Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da SBEM-SP, explica que os carboidratos, no geral, são digeridos e usados como fontes de energia pelo nosso corpo.

Entre eles, existe um grupo que não é digerido por nós: as famosas fibras. Na verdade, elas servem de alimento para as bactérias presentes no intestino, que as fermentam e produzem substâncias importantes para a saúde.

Quais as vantagens dos carboidratos acessíveis à microbiota?

De acordo com o médico, os CAMs:

  • Aumentam os hormônios PYY e GLP-1 no intestino, que ajudam a controlar a fome;
  • Servem de energia para as células da parede do intestino, evitando que ela fique “machucada” — o que geralmente acontece em dietas cheias de gordura e ultraprocessados;
  • Protegem o resto do corpo contra substâncias inflamatórias que estão em excesso no intestino. Esses compostos, quando vazam para o sangue, aumentam os riscos de pressão alta, diabetes e problemas no coração, por exemplo;
  • Protegem nosso corpo das bactérias ruins, além de ajudarem no aumento dos “bichinhos” bons.

Leia também: Alimentos ricos em fibras que você precisa consumir

Afinal, onde encontrar os CAMs?

“Em frutas, legumes e grãos. A principal ideia, então, é uma alimentação rica em alimentos pouco processados, grãos integrais e frutas com suas cascas”, diz o Dr Thiago Fraga Napoli.

Além disso, o médico recomenda adotar alguns hábitos que são amigos do nosso intestino. Ele cita preferir as carnes brancas (peixe e frango) no lugar das vermelhas, optar por gorduras saudáveis (encontradas em castanhas e no azeite) e, além disso, diminuir os ultraprocessados.

Por fim, ele ainda deixa o conselho: “menos supermercado, e mais feira!”

Fonte: Dr Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

Sobre o autor

Amanda Panteri
Jornalista e repórter da RD Saúde. Especialista em alimentação saudável.

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