Câncer de mama e menopausa: entenda se há relação entre ambos
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Com o passar do tempo, muitas mulheres se preocupam com a chegada da menopausa e se a fase pode ser um fator de risco para doenças diversas. Uma delas é se há relação entre câncer de mama e menopausa. Será que o período de recessão hormonal pode causar esse tipo de enfermidade?
De acordo com o mastologista Fernando Pontes, não há motivos para se preocupar nesse sentido, mas alerta sobre o risco de câncer com o avanço da idade. “Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 70% dos casos de câncer se manifestam durante a terceira idade. Nessa fase, ocorre a diminuição na capacidade de recuperação celular, aumentando o risco de doenças graves”, explica.
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Influência dos hormônios durante a vida pode ter “culpa” em câncer de mama
Embora a relação entre câncer de mama e menopausa seja pouco provável, Pontes afirma que a mulher que tem maior exposição hormonal ao longo da vida pode desenvolver a doença. “Ou seja, a mulher que menstrua muito nova, por volta dos 9 ou 10 anos e ingressa na menopausa após os 50 anos tem mais influência dos hormônios, o que pode ser um fator de risco. Contudo, quem tem a primeira menstruação por volta dos 15 anos e entra na menopausa a partir dos 45, por exemplo, tem menos chances de enfrentar um câncer desse tipo”, explica. O médico ressalta que a situação não é o único fator de risco para um câncer de mama. O envelhecimento associado a outros fatores, como o histórico familiar e o estilo de vida contam bastante nessa balança.
Então, por que muitas mulheres relacionam câncer de mama com a menopausa? A razão pode estar ligada à idade, já que o câncer de mama pode surgir antes ou durante a menopausa. Por isso, Pontes orienta fazer exames periódicos especialmente a partir dos 40 anos. “Apesar de ser fundamental em todas as etapas da vida, o envelhecimento requer mais cuidados. Consultar o mastologista, realizar exames de imagem, como mamografia, ultrassom e ressonância magnética ajuda a identificar possíveis sinais do câncer de mama”, sugere.
Outras formas de prevenção
Além dos exames regulares, a mulher deve realizar o autoexame mensalmente para observar se há nódulos ou cistos nas mamas. Observar alterações na pele, como ressecamento anormal, feridas, manchas e coceiras locais também precisam fazer parte da rotina pessoal. Afinal, todos estes são indícios do câncer de mama. Outra recomendação é a qual chamamos de prevenção primária, que nada mais é que ter um estilo de vida saudável. Fazer exercícios com frequência, cuidar da saúde mental e seguir uma alimentação balanceada são essenciais nesse objetivo”, acrescenta o mastologista.
Menopausa precoce durante o tratamento do câncer
Segundo Pontes, mulheres mais jovens que tiveram câncer de mama ou estão em tratamento podem ter a menopausa precoce. “A condição é efeito colateral de terapias como a quimioterapia. No entanto, essas pacientes não podem fazer reposição hormonal”, explica o especialista, pois os hormônios podem estimular a recidiva da doença.
Para compensar a restrição e os sintomas típicos da menopausa, existem diversas alternativas, mas que precisam de aval médico. Por exemplo, terapias com laser local, injeção de colágeno e cremes vaginais ajudam a melhorar o desconforto do ressecamento da região íntima. Já os fitoterápicos e acupuntura podem auxiliar na disposição e no alívio de fogachos.
Fonte: Fernando Pontes, mastologista membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia; cirurgião oncoplástico de mamas da clínica Mantelli – CRM 134871.
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