Bombinha de asma: para que serve e recomendações
A bombinha de asma, como o próprio nome sugere, é indicada para pessoas asmáticas que sofrem com falta de ar e outros sintomas que impedem ou limitam atividades mais intensas (um treino de corrida, por exemplo). Contudo, é preciso orientação médica para ser usada corretamente, pois existem fórmulas específicas para cada necessidade do tratamento.
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Qual a composição da bombinha de asma?
As bombinhas são compostas pela medicação específica para tratar a asma. De acordo com Ana Clara Toschi, médica pneumologista pediátrica da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo (SP), a bombinha de asma contém broncodilatadores, corticoides ou ambos. “A bombinha de asma broncodilatadora será usada apenas nos momentos de crise, pois irá dilatar as vias aéreas e aliviar o desconforto. Já a de corticoide ajuda a conter a inflamação crônica e deve ser utilizada diariamente”, esclarece a médica.
Efeitos colaterais
A princípio, não existem contraindicações para o uso da bombinha de asma. Se a fórmula do medicamento possuir propriedades broncodilatadoras, algumas pessoas podem sentir taquicardia como efeito colateral. Segundo Toschi, o sintoma não afeta o sistema cardiovascular e é temporário.
Como usar
Aprenda o passo a passo para aplicar a medicação corretamente:
- De pé ou sentado, fique com a cabeça levemente inclinada para o alto. Posicione a saída do medicamento na boca, entre os dentes, e feche os lábios.
- Pressione a bombinha ao mesmo tempo que inspira profundamente.
- Retire a bombinha da boca e prenda a respiração por aproximadamente 10 segundos.
- Lave a boca para retirar os resíduos do medicamento.
Como utilizar a bombinha de asma em crianças
A bombinha deve ser usada com os espaçadores, que servem para melhorar a técnica de inalação. Dessa forma, a medicação torna-se mais eficaz (os pulmões conseguem aproveitar melhor a dosagem), principalmente no uso por crianças que têm maior dificuldade de utilizar a bombinha. Outro benefício do espaçador é evitar que o medicamento se acumule na boca e na garganta, algo que ocorre com frequência em inalações sem o acessório.
Como saber se tenho asma?
A Organização Mundial da Saúde considera as mudanças climáticas a principal ameaça à existência e ao bem-estar. No Brasil, a poluição, o desmatamento e as queimadas corroboram com a alta do aquecimento global. Por isso, diversos problemas de origem respiratórios são desencadeados, entre eles a asma.
De acordo com Toschi, a asma tem manifestações visíveis e não visíveis. “As visíveis são a tosse, chiado no peito, falta de ar, aperto no peito, despertar noturno. Os aspectos não visíveis são a inflamação das vias aéreas, alteração na estrutura dos brônquios e funcionamento inadequado dos pulmões”, ensina. Outra forma de percepção do problema é observar se você fica facilmente “sem ar” ao fazer tarefas do dia ou ao fazer um treino cárdio.
Os sintomas listados pela especialista podem evidenciar o problema. Ainda assim, é importante descobrir a condição por meio de ajuda médica, de preferência com especialização em pneumologia. Diagnosticada a asma, é indicado o tratamento com a bombinha de asma associada a outros medicamentos, dependendo do nível de inflamação das vias áreas.
A asma tem cura?
Segundo dados do Sistema Único de Saúde, no Brasil, 350.000 internações ocorrem a cada ano por conta da doença. Embora não exista uma cura, a boa notícia é que a asma pode ser controlada e melhorar a qualidade de vida. A bombinha é uma das principais aliadas do tratamento, mas você deve ter assiduidade nas aplicações e seguir as orientações médicas. Sobretudo se você sofre crises constantes de asma, pois a ineficiência do sistema respiratório pode causar fadiga e indisposição para atividades simples.
Fonte: Ana Clara Toschi, médica pneumologista pediátrica da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo (SP).