Se você começou a correr faz pouco tempo, provavelmente o termo biomecânica da corrida é novo no seu vocabulário. Contudo, ele pode ser muito interessante para evitar dores e melhorar o desempenho, sabia? A seguir, conheça mais sobre o assunto:
De acordo com o treinador de corrida Jéfter Campos, de maneira geral, a biomecânica diz respeito à aplicação das leis da mecânica aos movimentos do corpo humano.
A definição pode até parecer complicada, mas a prática é mais fácil. “Ela preza por estudar os movimentos realizados pelo corpo humano durante a corrida, procurando entender se eles estão em sinergia com o corredor ou gerando sobrecargas desnecessárias”, complementa o profissional.
Ou seja, trata-se de, basicamente, analisar a forma como você corre para avaliar se os seus movimentos estão de acordo com os seus objetivos, ou aumentando os riscos de dores e até lesões.
O treinador explica que é importante que esse estudo seja feito por uma pessoa com experiência, como um treinador, um profissional de educação física ou um fisioterapeuta. Assim, ele é indicado para todos os tipos de praticantes, sejam eles mais avançados ou iniciantes.
“O olhar do profissional, somado à tecnologia, poderá identificar possíveis riscos de lesões e/ou potencializar resultados para o corredor.”
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Primeiramente, vale ressaltar que a biomecânica da corrida não vai dizer se você está correndo do jeito “certo ou errado”. Isso porque não existe um padrão universalmente “correto” na corrida, uma vez que ele é muito individual.
Para entendermos melhor, Jéfter Campos traz situações diferentes:
Diante dessas pessoas, não dá para definir um único jeito de correr e esperar que todas elas o cumpram, não é mesmo? “Querer padronizar uma atividade que é natural ao corpo humano não parece coerente”, afirma o treinador.
Por isso, a biomecânica irá analisar caso a caso, levando em consideração características como sexo, idade, altura, peso… E por aí vai.
Contudo, isso não quer dizer que não existam dicas gerais em relação à biomecânica da corrida. Jéfter Campos cita algumas:
“É possível mudar a nossa forma de correr. Mas, antes disso, a pergunta deve ser: eu preciso mesmo? Geralmente, a resposta é não. Uma intervenção aqui, outra ali, e tudo fica ok. Sem paranoias, sem exageros. Correr pode ser muito mais simples e prazeroso do que você imagina”, finaliza o treinador.
Fonte: Jéfter Campos, treinador de corrida.