Bebê pode comer camarão? Pediatra explica
Provavelmente você já se deparou (ou possui) uma alergia a camarão, que é uma das mais comuns no Brasil. Para quem tem hipersensibilidade a frutos do mar, o crustáceo pode causar reações graves. Por isso, alguns pais podem se perguntar: “bebê pode comer camarão?”.
A resposta, de acordo com a pediatra Dra. Kelly Oliveira é sim, mas com algumas ressalvas, já que o crustáceo deve ser oferecido no momento e nas condições adequadas.
“Bebês podem ser introduzidos a camarão e outros frutos do mar a partir dos 6 meses de idade, conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP e a Academia Americana de Pediatra, que recomendam a introdução precoce de alimentos potencialmente alergênicos”, diz a médica.
Embora a SBP não cite expressamente o camarão, a instituição incentiva que os pais ofertem frutos do mar de forma precoce, dando atenção especial aos alimentos com maior risco de provocar alergia.
A lógica, segundo estudos que já demonstraram potencial com outros alimentos alergênicos, é incluir o alimento enquanto o sistema imunológico está em desenvolvimento, o que permite que o organismo deixe de entender o alimento como um agressor. Na prática, essa introdução do camarão após os 6 meses de vida pode diminuir as chances de alergias mais graves na fase adulta.
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Benefícios do camarão
Embora não seja tão comum na rotina alimentar o brasileiro, o camarão tende a ser mais comum em áreas litorâneas ou nas férias. Assim como outros frutos do mar, o crustáceo pode ser uma boa fonte de proteína e possui micronutrientes essenciais, como o selênio, zinco e iodo. Além disso, o camarão também tem ômega-3, o que proporciona efeitos positivos para a saúde.
No entanto, apesar dos ventos favoráveis, é importante lembrar que o camarão deve ter um preparo cuidadoso.
Bebê pode comer camarão, mas o preparo exige cuidados
Para ser introduzido na alimentação do bebê, o crustáceo deve ser bem cozido para eliminar possíveis patógenos. Além disso, deve ser oferecido em pedaços pequenos ou triturados para evitar risco de engasgo. É importante também garantir que o camarão seja fresco e de fontes confiáveis para evitar contaminação.
Na cozinha, a médica ressalta que o camarão seja de boa procedência, limpo e higienizado. Além disso, os momentos seguintes à ingestão do camarão são decisivos.
“É crucial observar a reação do bebê e oferecer quantidades pequenas inicialmente, a serem oferecidas nas refeições do almoço, onde pode-se observar as reações por um período maior de tempo”, finaliza.
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- Fonte: Dra. Kelly Oliveira, médica pediatra e especialista em amamentação e sono.
Guia prático da alimentação – Crianças de 0 a 5 anos – Sociedade Brasileira de Pediatria.