Anemia infantil: conheça os tipos, causas, sintomas e tratamentos

Gravidez e maternidade Saúde
16 de Dezembro, 2021
Anemia infantil: conheça os tipos, causas, sintomas e tratamentos

Muito comum em adultos, a anemia ocorre quando há queda de hemoglobina no sangue. No entanto, o problema também pode atingir os pequenos. A anemia infantil é uma doença bastante preocupante, pois pode atrapalhar o desenvolvimento e a rotina das crianças.

Atualmente, em países em desenvolvimento, a prevalência da anemia infantil causada pela falta de ferro ultrapassa os 50% em crianças até os quatro anos de idade. A boa notícia é que durante a amamentação, o leite materno supre as necessidades desse nutriente. O problema geralmente começa entre os 9 e 12 meses de vida, quando inicia-se a dieta familiar. Conheça agora as causas, sintomas e como evitar a anemia infantil.

Leia mais: Anemia: Alimentos que ajudam a combater

Quais as causas de anemia em crianças?

A anemia pode ser causada por diferentes fatores, sendo os principais tipos:

  • Ferropriva: quando há falta de ferro no organismo;
  • Megaloblástica: quando os glóbulos vermelhos têm tamanho anormal;
  • Perniciosa: ocorre quando o corpo não consegue processar a vitamina B12;
  • Hemolítica: o organismo produz anticorpos que destroem os glóbulos vermelhos;
  • Falciforme: de causa genética: nesse caso, os glóbulos vermelhos têm formato anormal;
  • Aplástica: é uma doença autoimune que diminui a produção de glóbulos vermelhos;
  • De Fanconi: é uma condição genética que altera o tamanho dos glóbulos vermelhos.

No caso das crianças, o tipo mais comum é a ferropriva, causada pela insuficiência de hemoglobina e pelo baixo consumo de alimentos ricos em ferro, um dos componentes fundamentais da hemoglobina.

Sintomas da anemia infantil

Em casos mais leves, a anemia pode não ter sintomas aparentes, o que não significa que o problema não seja importante. Já nos casos de anemia mais severa, é possível notar as seguintes alterações na criança:

  • Cansaço constante;
  • Taquicardia;
  • Falta de ar;
  • Falta de apetite;
  • Excesso de sono;
  • Mucosas das pálpebras e gengivas pálidas;
  • Preguiça para brincar;
  • Dificuldades de aprendizado;
  • Atraso no crescimento (em casos extremamente severos).

Como diagnosticar a anemia infantil

O hemograma é o principal exame realizado para diagnosticar a doença, observando-se, principalmente, os níveis de hemoglobina. No entanto, apesar de ser o principal exame para diagnosticar a anemia infantil, é preciso ser complementado por outros exames de sangue que permitam identificar o tipo da doença e, assim, iniciar o tratamento mais adequado.

Como é feito o tratamento

A anemia infantil mais comum se dá pela falta de ingestão de ferro. Dessa forma, o tratamento mais indicado é a inclusão de alimentos ricos nesse mineral na dieta da criança. Nesse sentido, em alguns casos, pode ser necessário o uso de suplementação de ferro e de vitamina B12 na dieta da criança, o que deve ser prescrito por um médico especialista.

No entanto, a anemia infantil pode ter outras causas. Dessa forma, é fundamental levar a criança ao médico, para que ele determine o tipo de anemia e qual é o tratamento mais adequado.

Durante o tratamento, é indicado o consumo de carnes com maior quantidade de ferro, principalmente fígado de boi. Além disso, há outras opções que suprem essa demanda. Nesse caso, deve-se investir em folhas de cor escura, como couve, chicória, mostarda, rúcula e agrião, por exemplo.

Leia mais: Couve: Motivos para colocar o vegetal na alimentação

Prevenindo a anemia infantil

Por fim, a melhor forma de evitar a anemia é introduzindo alimentos ricos em ferro na alimentação da criança. Dessa forma, é importante educar o paladar dos pequenos para que eles aprendam a gostar de uma grande variedade de alimentos. Ainda que muitas fórmulas infantis sejam enriquecidas com ferro, nenhum preparado industrializado consegue superar a riqueza nutricional de um alimento natural. Por essa razão, ofereça diferentes alimentos para que a criança forme um paladar complexo e não tenha restrições a muitos sabores.

Fonte: Dra Clarissa Morais Bussato Gerhardt, pediatra do Dr. Consulta – CRM – 152279.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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