Amor patológico: O que é e como identificar
Amar e ser amado é algo que traz sentimentos de bem-estar, felicidade, prazer, entre outros. Contudo, o que muitos não sabem é que, especialmente em relacionamentos amorosos, isso também pode acabar virando um transtorno: o amor patológico.
O amor patológico caracteriza-se por uma dependência emocional intensa e pode ser comparado ao vício em álcool e drogas. Assim, sentimentos de posse, ciúme excessivo, falta de interesse em outras atividades são comuns. Além disso, o indivíduo pode até mesmo abrir mão dos próprios interesses pelo outro.
Leia também: Descubra se você está em um relacionamento codependente
Desse modo, quem sofre desta condição passa a viver exclusivamente para obter o afeto do companheiro, mesmo que isso traga comportamentos sufocantes.
As causas do amor patológico são diversas e podem envolver uma complexidade de fatores. Geralmente, o amor patológico atinge pessoas psicologicamente vulneráveis, com baixa autoestima, crises de raiva, estresse emocional, medo da solidão e privação de afeto. Ainda, viver em um ambiente conflituoso desde a infância também pode ser consequência.
Além disso, o transtorno pode ocorrer juntamente com quadros depressivos, ansiosos e de personalidade dependente.
Leia também: Relacionamento com a família influencia no estresse em geral
Como identificar o amor patológico
O amor patológico pode gerar prejuízos físicos e emocionais para o indivíduo. Para identificá-lo, saiba quais são as principais características:
- Sofrer de insônia, alterações de apetite, irritação e tensão quando o parceiro está fisicamente ou emocionalmente distante;
- Se ocupar apenas do parceiro, negligenciando atividades diárias;
- Medo intenso e constante de sofrer rejeição ou de perder o companheiro;
- Ter consciência de seu sofrimento intenso e tentar controlar seus comportamentos, mas se sentir impotente em relação às suas emoções e atos;
- Dedicação total ao companheiro, esquecendo de suas próprias prioridades;
- Desejo em manter o relacionamento mesmo que seja tóxico ou abusivo;
- Ciúmes excessivo, desconfiança, vigilância (telefonemas, redes sociais), perseguição;
- Agressão física;
- Afastamento da família e dos amigos.
Leia também: Relacionamento abusivo aumenta risco de depressão e ansiedade