Alimentos hiperpalatáveis: o que são e por que evitar dar ao bebê
Nas embalagens de produtos que compramos nos supermercados, avisos como a quantidade de gordura, sódio e açúcar acabam sendo negligenciados por muitos consumidores. E sem perceberem, os pais que costumam optar por esse estilo de compra podem viciar seus filhos desde cedo com os chamados alimentos hiperpalatáveis.
Como o nome sugere, esses alimentos possuem um gosto feito para agradar mais facilmente o paladar. Mas, para que isso aconteça, vários processos químicos e ingredientes industrializados são adicionados à fórmula definitiva do produto.
Assim, um dos truques usados pela indústria é acrescentar o que a ciência denomina de quinto sabor: o umami. Ou seja, por meio de ingredientes como o glutamato monossódico, ele permite que a comida dure mais tempo e seja mais saborosa para as nossas papilas gustativas. Contudo, também traz malefícios ao organismo, especialmente no aumento de sódio.
Características como o quão crocante é um alimento para a boca ou a maciez dele são outros fatores para influenciar e deixar o preparo mais palatável.
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Alimentos hiperpalatáveis: por que evitar dar ao bebê?
Com rótulos cada vez mais criativos e coloridos, os pequenos se encantam com as milhares de possibilidades existentes no mercado. Mas, isso faz com que os pais acabem cedendo à tentação e comprem cereais, salgadinhos, biscoitos recheados, bolos, pães e outros lanchinhos de pronto preparo.
Entretanto, o perigo justamente está nessa facilidade. Pois, o gosto ainda está se formando na infância, e alimentos que sejam mais fáceis de mastigar e de satisfazer a criança se tornam os favoritos, viciando-os desde cedo.
Entre os riscos por trás do consumo dos alimentos hiperpalatáveis, pode-se citar:
- Aumento de colesterol
- Risco de diabetes
- Alterações nos triglicerídeos
- Obesidade infantil
E não somente as crianças deveriam evitar esse tipo de alimentação. Os adolescentes e adultos também precisam buscar por alternativas de consumo aos hiperpalatáveis, pensando em prevenir problemas de saúde mais severos com o passar do tempo.
Mas, o mesmo vale para quando for comer fora. Em vez de preferirem restaurantes que fazem comida caseira, muitos consumidores decidem ir às redes de fast-food, que acrescentam ingredientes ultraprocessados nos preparos.
Como substituir?
O ideal é priorizar uma alimentação saudável e, de preferência, caseira. Ou seja, preferir legumes e verduras, grãos integrais, leguminosas, oleaginosas e carnes magras nas suas refeições em família.
Além disso, para a sobremesa, opte pelo consumo de frutas como maçã, banana, pera e melancia, e evite, sempre que possível, bolos, biscoitos e doces industrializados.
Fonte: Dr. Nelson Douglas Ejzenbaum – Médico pediatra e neonatologista. Membro da Academia Americana de Pediatria. Pós-graduado em alimentação infantil pela Nestlé Nutrition Internacional.