Como emagrecer com a alimentação intuitiva? 4 dicas

Alimentação Bem-estar
11 de Setembro, 2024
Fernanda Lancellotti
Revisado por
Nutricionista • CRN3 29223
Como emagrecer com a alimentação intuitiva? 4 dicas

Quando o assunto é perda de peso, muita gente relaciona a meta a estratégias como cardápio regrado, contagem de calorias, cálculos dos macronutrientes e pesagem das refeições. Esses métodos podem até funcionar para algumas pessoas, mas para outras, dietas restritivas não são eficientes e tornam-se difíceis de manter a longo prazo. E se a gente dissesse que é possível emagrecer com a alimentação intuitiva

Isso mesmo. Trata-se de uma prática que propõe a escuta do próprio corpo na hora de comer, aprendendo a respeitar os sinais de fome e saciedade e entendendo o que realmente faz bem para o organismo. 

Dessa forma, a mentalidade da “dieta” é deixada de lado, dando lugar a uma alimentação sem culpa. Mas como isso pode efetivamente auxiliar quem busca perder peso? 

Leia também: Conheça todos os princípios da alimentação intuitiva

Restrição gera compulsão: é possível emagrecer com a alimentação intuitiva? 

Primeiramente, vale ressaltar: o principal objetivo da alimentação intuitiva não é promover a perda de peso. No entanto, as terapeutas nutricionais e criadoras do termo, Evelyn Tribole e Elyse Resch, afirmam que deixar para trás uma relação nada saudável com a comida, recheada de dietas e restrições exageradas, pode sim trazer benefícios em prol do emagrecimento seguro e duradouro.

Isso porque mesmo que a alimentação intuitiva pregue uma mentalidade de “coma o que você quer”, isso não significa que suas fundadoras não se importam com uma boa nutrição. Na verdade, um de seus “mandamentos” é fazer escolhas alimentares que respeitem a sua saúde, bem como o seu paladar.

Em outras palavras, comer intuitivamente ainda deve envolver mais frutas e verduras do que sorvete. Mas, ao mesmo tempo, uma dieta não precisa ser perfeita para ser saudável, e você não deve se culpar toda vez que fizer uma refeição ou uma opção menos regrada. Veja características do método que influenciam o emagrecimento, ainda que indiretamente: 

  • Você aprende a diferenciar a fome física da fome emocional
  • É possível perceber melhor os sinais de fome e saciedade do corpo, entendendo quando é a hora de parar de comer; 
  • Você passa a enxergar os alimentos apenas como alimentos, e não mais como “tentações” a serem evitadas — o que minimiza momentos de exagero; 
  • Conseguimos diferenciar quais alimentos realmente nutrem o nosso corpo — e quais não caem tão bem assim; 
  • Dá para conhecer o próprio paladar; 
  • A relação com a comida melhora — e sentimentos como culpa após as refeições desaparecem.

Leia também: Mindful Eating: o método que ensina a comer de forma consciente

Como usar a alimentação intuitiva para emagrecer

Segundo as especialistas, quatro estratégias simples podem ser seguidas por quem busca perder peso com base no comer intuitivo. Confira: 

Remova as distrações e desfrute das refeições com todos os seus sentidos

Pare de comer no piloto automático. Sente-se sem livros, sem TV, computadores, celular e sem nenhuma conversa séria para distraí-lo.

Pratique o chamado mindful eating: preste atenção em tudo que você come. Note como é o gosto, o cheiro, como você se sente enquanto saboreia cada mordida. Empregar todos os cinco sentidos (e não apenas o sabor) quando você come é uma maneira fácil de ser mais consciente. Isso lhe dá mais prazer com sua comida, então você acaba ficando mais satisfeito. Olhe para as cores do seu prato e inspire o aroma. Ouça o chiar daquele fritar ou o crocante das cenouras. Aprecie a textura.

Coma apenas quando estiver com fome e pare quando estiver satisfeito

Ao iniciar sua abordagem intuitiva de emagrecimento, dê a si mesmo permissão incondicional para comer quando estiver com fome. Mas tenha certeza de que é fome física mesmo, a que vem do estômago. 

Pergunte: ‘Por que estou com fome?’ Se você está entediado, triste ou se sentindo emotivo, não é comida que você está desejando. À medida que você aprende a confiar em seu corpo, aprende que ele, de fato, lhe dirá quando precisa de comida e quando não precisa.

Não rotule os alimentos

Geralmente, quem está de dieta costuma classificar os alimentos  “com culpa” e “sem culpa”. Parte do que o leva a comer sorvete ou batatas fritas em excesso é uma fixação ao fascínio dos “alimentos ruins”, aqueles que são proibidos em um suposto plano alimentar.

Tente ver todos os alimentos como iguais. Isso requer prática, então lembre-se de sua nova mentalidade quando se pegar pensando que bolo é ruim e que uva é bom.

Desacelere

Em vez de “engolir” o jantar, sente-se à mesa enquanto come e faça a refeição durar pelo menos 20 minutos. Quando você vai devagar, é mais fácil ler os sinais de fome e saciedade do seu corpo. Precisa de provas? Em um estudo publicado no periódico americano Journal of American Dietetic Association, as mulheres consumiam menos, mas relataram sentir-se mais cheias, quando repousavam o garfo entre as mordidas e mastigavam cada garfada de 20 a 30 vezes. 

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