Como emagrecer com a alimentação intuitiva? 4 dicas
Quando o assunto é perda de peso, muita gente relaciona a meta a estratégias como cardápio regrado, contagem de calorias, cálculos dos macronutrientes e pesagem das refeições. Esses métodos podem até funcionar para algumas pessoas, mas para outras, dietas restritivas não são eficientes e tornam-se difíceis de manter a longo prazo. E se a gente dissesse que é possível emagrecer com a alimentação intuitiva?
Isso mesmo. Trata-se de uma prática que propõe a escuta do próprio corpo na hora de comer, aprendendo a respeitar os sinais de fome e saciedade e entendendo o que realmente faz bem para o organismo.
Dessa forma, a mentalidade da “dieta” é deixada de lado, dando lugar a uma alimentação sem culpa. Mas como isso pode efetivamente auxiliar quem busca perder peso?
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Restrição gera compulsão: é possível emagrecer com a alimentação intuitiva?
Primeiramente, vale ressaltar: o principal objetivo da alimentação intuitiva não é promover a perda de peso. No entanto, as terapeutas nutricionais e criadoras do termo, Evelyn Tribole e Elyse Resch, afirmam que deixar para trás uma relação nada saudável com a comida, recheada de dietas e restrições exageradas, pode sim trazer benefícios em prol do emagrecimento seguro e duradouro.
Isso porque mesmo que a alimentação intuitiva pregue uma mentalidade de “coma o que você quer”, isso não significa que suas fundadoras não se importam com uma boa nutrição. Na verdade, um de seus “mandamentos” é fazer escolhas alimentares que respeitem a sua saúde, bem como o seu paladar.
Em outras palavras, comer intuitivamente ainda deve envolver mais frutas e verduras do que sorvete. Mas, ao mesmo tempo, uma dieta não precisa ser perfeita para ser saudável, e você não deve se culpar toda vez que fizer uma refeição ou uma opção menos regrada. Veja características do método que influenciam o emagrecimento, ainda que indiretamente:
- Você aprende a diferenciar a fome física da fome emocional;
- É possível perceber melhor os sinais de fome e saciedade do corpo, entendendo quando é a hora de parar de comer;
- Você passa a enxergar os alimentos apenas como alimentos, e não mais como “tentações” a serem evitadas — o que minimiza momentos de exagero;
- Conseguimos diferenciar quais alimentos realmente nutrem o nosso corpo — e quais não caem tão bem assim;
- Dá para conhecer o próprio paladar;
- A relação com a comida melhora — e sentimentos como culpa após as refeições desaparecem.
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Como usar a alimentação intuitiva para emagrecer
Segundo as especialistas, quatro estratégias simples podem ser seguidas por quem busca perder peso com base no comer intuitivo. Confira:
Remova as distrações e desfrute das refeições com todos os seus sentidos
Pare de comer no piloto automático. Sente-se sem livros, sem TV, computadores, celular e sem nenhuma conversa séria para distraí-lo.
Pratique o chamado mindful eating: preste atenção em tudo que você come. Note como é o gosto, o cheiro, como você se sente enquanto saboreia cada mordida. Empregar todos os cinco sentidos (e não apenas o sabor) quando você come é uma maneira fácil de ser mais consciente. Isso lhe dá mais prazer com sua comida, então você acaba ficando mais satisfeito. Olhe para as cores do seu prato e inspire o aroma. Ouça o chiar daquele fritar ou o crocante das cenouras. Aprecie a textura.
Coma apenas quando estiver com fome e pare quando estiver satisfeito
Ao iniciar sua abordagem intuitiva de emagrecimento, dê a si mesmo permissão incondicional para comer quando estiver com fome. Mas tenha certeza de que é fome física mesmo, a que vem do estômago.
Pergunte: ‘Por que estou com fome?’ Se você está entediado, triste ou se sentindo emotivo, não é comida que você está desejando. À medida que você aprende a confiar em seu corpo, aprende que ele, de fato, lhe dirá quando precisa de comida e quando não precisa.
Não rotule os alimentos
Geralmente, quem está de dieta costuma classificar os alimentos “com culpa” e “sem culpa”. Parte do que o leva a comer sorvete ou batatas fritas em excesso é uma fixação ao fascínio dos “alimentos ruins”, aqueles que são proibidos em um suposto plano alimentar.
Tente ver todos os alimentos como iguais. Isso requer prática, então lembre-se de sua nova mentalidade quando se pegar pensando que bolo é ruim e que uva é bom.
Desacelere
Em vez de “engolir” o jantar, sente-se à mesa enquanto come e faça a refeição durar pelo menos 20 minutos. Quando você vai devagar, é mais fácil ler os sinais de fome e saciedade do seu corpo. Precisa de provas? Em um estudo publicado no periódico americano Journal of American Dietetic Association, as mulheres consumiam menos, mas relataram sentir-se mais cheias, quando repousavam o garfo entre as mordidas e mastigavam cada garfada de 20 a 30 vezes.