Alergia ao calor (ou suor): o que é, sintomas e tratamento

Você sente sua pele ficar vermelha e coçar demasiadamente ao praticar exercícios físicos ou se expor ao sol? Pode ser urticária colinérgica – ou alergia ao suor ou calor, como muita gente prefere chamar. Trata-se de uma condição pouco comum e que normalmente não traz consequências graves, mas que pode ser incômoda em estações como o verão. Saiba mais a seguir:

O que é a alergia ao calor?

Como já explicamos, o nome científico dado ao problema é urticária colinérgica. Embora o processo exato não seja completamente conhecido pela ciência, especialistas acreditam que ele nada mais é do que uma reação imunológica do organismo ao estresse gerado pelo aumento da temperatura.

A condição aparece em situações bem específicas, como durante banhos quentes, prática de exercícios físicos, exposição ao sol e até ingestão de alimentos quentes ou bebidas alcoólicas. Por geralmente estar associada à sudorese intensa, ficou mais conhecida como alergia ao suor.

“A alergia ao suor é algo comum e pode ocorrer em qualquer momento. Alguns dos fatores que desencadeiam a irritação ou a coceira são mudanças no pH da pele (o que pode expor certos locais do corpo à ação de bactérias), bem como dificuldade na evaporação completa da transpiração”, explica a dermatologista Priscila Câmara de Camargo, da Clínica Camargo.

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Sintomas da alergia ao suor

Os principais sintomas da alergia ao suor são mais fortes em bebês e idosos, e incluem:

• Irritação e ardência na pele;
• Coceira que normalmente dura algumas horas, mas desaparece por completo;
• Brotoejas: pequenas bolinhas avermelhadas em locais de muita transpiração, como rosto, axilas, pescoço, tronco e coxas;
• Manchas vermelhas: quando essas pequenas lesões se juntam, dando a impressão de um “vermelhão” na pele;
• Raramente acontecem: edema (inchaço), dor na barriga, diarreia, dor de cabeça e, em casos graves, queda da pressão arterial.

Diagnóstico da urticária colinérgica

O diagnóstico é clínico. O que isso quer dizer? Que ele é feito por meio da anamnese (estudo da história do paciente) e do exame físico feito pelo próprio médico no dia da consulta.

Também é possível confirmar a urticária colinérgica com um teste de provocação. Nele, o indivíduo pratica algum esforço de forma monitorada (como correr na esteira ou pedalar uma bicicleta ergométrica) ou tem a sua pele esquentada por algum aparelho externo. Se a sudorese e as lesões aparecerem, o especialista consegue analisá-las e dar o diagnóstico.

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Tratamento da alergia ao calor

“Geralmente, a irritação causada pela alergia ao suor desaparece naturalmente. Em casos de peles sensíveis ao perfume dos cosméticos ou histórico de dermatite, recomendo usar antitranspirante sem perfume. Além disso, procure utilizar um hidratante sem fragrância em regiões como axilas, parte traseira dos joelhos, entre as pernas, na virilha e abaixo das mamas”, aconselha a profissional.

Por fim, beber muita água, usar roupas leves e manter os ambientes de casa frescos e arejados são outras recomendações.

Em casos mais severos, o ideal é buscar a ajuda de um especialista, pois ele poderá avaliar a necessidade do uso de pomadas mais específicas e de antialérgicos. Para os bebês, certifique-se de secar bem o corpo do pequeno antes de vesti-lo, além de evitar que ele transpire demais (com o uso de roupinhas leves). O talco pode ajudar em alguns casos.

Apostar em produtos e técnicas que acalmam a pele também pode ser uma boa estratégia. Claro que antes de usá-los, vale conversar com o médico. Mas itens que costumam ajudar são:

• Água termal: um tipo de água mais rica em minerais que refresca, hidrata e acalma a pele;
• Compressa de água fria: outra forma de refrescar a área afetada. Apenas certifique-se de não aplicar gelo diretamente na pele para não aumentar a irritação;
• Compressa de chá de camomila: a camomila tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem ajudar a acalmar a pele, reduzindo vermelhidão e manchas;
• Banhos frios: equilibram a temperatura corporal, reduzindo a sudorese e a alergia.

Fontes: Priscila Câmara de Camargo, dermatologista da Clínica Camargo; e ASBAI.