Aborto de repetição: o que é a condição sofrida por Sharon Stone

Gravidez e maternidade Saúde
24 de Junho, 2022
Aborto de repetição: o que é a condição sofrida por Sharon Stone

Sharon Stone comentou em uma publicação do Instagram da bailarina Peta Murgatroyd, que recentemente enfrentou um aborto espontâneo. Comovida com o relato, a atriz compartilhou que passou por 9 abortos desse tipo antes de considerar a adoção dos três filhos. Não demorou muito para que os fãs de Sharon enviassem mensagens de apoio à celebridade. Para mulheres que estão tentando ter filhos, a situação é dolorosa e se chama aborto de repetição. “Antigamente, os médicos esperavam ter três abortos [para considerar o diagnóstico]. Atualmente, depois do primeiro aborto e dependendo da idade da paciente já investigamos a causa. Dessa forma, pesquisamos se há trombofilia e fazemos a histeroscopia para verificar se há malformações dentro da cavidade uterina”, explica o médico ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira.

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Quais são as causas do aborto de repetição?

De acordo com Caldeira, existem três causam que lideram os abortos de repetição:

  • Malformação do óvulo (ovopatia): “nesse quadro, o embrião é alterado geneticamente. Geralmente isso ocorre quando a mulher possui idade mais avançada — o risco é maior a partir dos 38 anos.
  • Enfermidades do útero: segundo Caldeira, a sinéquia e a endometrite são dois fatores que favorecem o aborto de repetição.
  • Trombofilia: quando a mulher produz microcoágulos que entopem a circulação dentro do útero.

Formas de tratamento

A princípio, as linhas de cuidado dependem do diagnóstico. Por isso, é importante avaliar os fatores responsáveis pelos abortos sucessivos. Por exemplo, se o problema está relacionado a sinéquias uterinas — cicatrizes únicas ou múltiplas capazes de comprometer as funções do útero — o tratamento pode exigir cirurgia, como a histeroscopia. Em caso de mulheres que não estão mais em idade fértil, Caldeira sugere a fertilização in vitro com estudo genético do embrião. “Assim, minimizamos o risco de aborto”, conclui.

Fonte: Geraldo Caldeira, ginecologista e obstetra membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH); e médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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