Zac Efron usou diuréticos para Baywatch: “não é alcançável”, disse sobre corpo
Em 2017, o corpo do ator Zac Efron surpreendeu a todos durante o lançamento do filme Baywatch. Isso porque nas cenas do longa, ele aparece com os músculos extremamente definidos e marcados, sem apresentar inchaços ou gorduras.
Recentemente, Zac concedeu uma entrevista ao portal Men’s Health US sobre o assunto, e contou que o processo para chegar a esse resultado foi completamente desgastante e até destrutivo — impactando, inclusive, a sua saúde mental.
“Esse visual de Baywatch, não sei se isso é realmente alcançável. Há pouca água na pele. Tipo, é falso; parece CGI [imagens geradas por computador]”, disse. “E isso exigia Lasix [medicamento com ação diurética] e diuréticos poderosos para conseguir. Então eu não preciso fazer isso.”
Além das substâncias para evitar a retenção de líquidos, o ator afirmou que apostou em uma dieta rica em “proteínas orgânicas e folhas verdes”. E, é claro, uma rotina intensa de atividades físicas — tão intensa que, hoje, ele acha que sofreu de overtraining: treinamento excessivo e prolongado que o fez perder muitas noites de sono.
“Comecei a desenvolver insônia e caí em uma depressão muito forte por um longo tempo. Algo sobre essa experiência me desgastou. Eu tive muita dificuldade em recentralizar”, explicou à revista.
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Zac Efron em Baywatch: perigos da busca excessiva pela estética
Primeiramente, vale lembrar que o uso de medicamentos e ervas para emagrecer só deve ser feito com indicação e acompanhamento de um profissional. Isso porque esses produtos (mesmo os naturais, extraídos de plantas) podem gerar sérias consequências ao organismo e até levar à morte.
Isso sem falar nos efeitos que toda essa pressão estética pode causar na saúde psicológica. A psicóloga Rejane Sbrissa explica que um deles é a busca pela aceitação por meio da construção de uma imagem ficcionada. Ela comenta, inclusive, que algumas pessoas passam a se isolar das relações reais, uma vez que não se sentem pertencentes, mas investem em relacionamentos em que não há o contato físico, como no mundo virtual.
“Esses mecanismos midiáticos podem agravar o aparecimento de distúrbios de personalidade e sensação de vazio existencial”, afirma. Além disso, as faltas de autoestima, autoconfiança e a insatisfação com a própria vida podem trazer uma série de outros problemas físicos e psicológicos.
Além da crença de insuficiência tanto nas relações pessoais quanto no trabalho, essa queda das autoestima e autoaceitação abre caminho para o surgimento de questões ainda mais sérias. “Esses sentimentos funcionam como gatilhos para depressão, estresse crônico, crises de ansiedade, excesso de negatividade e transtornos alimentares, uma vez que essas pessoas vivem atrás de um ideal não alcançável”, relata.