Varíola dos macacos no Brasil: país soma mais de 4 mil casos
Após o registro número um da varíola dos macacos no Brasil em junho, o país está com 4.693 casos confirmados, ultrapassando o Reino Unido e a Alemanha. Entre o público afetado pela monkeypox, 95% corresponde a homens — contudo, a infecção também atinge crianças, mulheres e pessoas imunossuprimidas. De acordo com a pasta mais recente do Ministério da Saúde, apenas o Amapá não reportou casos, tampouco suspeitas. Já a maior incidência da doença se concentra na região sudeste do país. Especialmente São Paulo (2.853), Rio de Janeiro (611) e Minas Gerais (260).
Apesar da baixa letalidade, a doença está no radar da Organização Mundial da Saúde (OMS), principalmente no Brasil. Em uma coletiva de imprensa recente, a organização está apreensiva com a crise sanitária no país, que permanece ocupando o terceiro lugar no ranking de nações com maior número de casos.
Diante da situação, a OMS reforçou a urgência de tomar medidas contra a monkeypox, incluindo campanhas para ampliar a conscientização dos riscos à população. “Vários países apresentam tendências que preocupam, e o Brasil é um deles”, falou Rosamund Lewis, uma das representantes da entidade. Das nações que mais acumulam ocorrências de infecção, lideram:
- Estados Unidos: 15,1 mil.
- Espanha: 5,9 mil.
- Brasil: 4,6 mil.
- Alemanha: 3,1 mil
- Reino Unido: 3 mil.
Veja também: Afinal, a monkeypox tem cura? Esclarecemos estas e outras dúvidas sobre a doença
A varíola dos macacos no Brasil e no mundo será uma nova pandemia?
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a varíola dos macacos como situação de emergência global. Ou seja, impôs uma série de recomendações a todos os países de acordo com o número de casos e nível epidemiológico. No caso do Brasil, o Ministério da Saúde está monitorando as pessoas infectadas e as suspeitas. Além disso, reforçou que o país está pronto para enfrentar a enfermidade. Como medidas, as unidades de saúde estão aptas a receber e diagnosticar os possíveis casos, e em breve o governo anunciará a estratégia de imunização contra o vírus. Em nota, o Ministério da Saúde anunciou que está negociando a aquisição de imunizantes contra a varíola humana, que ajuda a evitar a disseminação da zoonose. A princípio, a expectativa é que a primeira remessa de vacinas desembarque no Brasil no início de setembro.
Como se prevenir
A Anvisa reforçou as mesmas medidas de segurança para prevenir o coronavírus: utilizar máscara, manter a higiene das mãos e evitar o contato com pessoas infectadas. Dessa forma, as práticas podem ajudar a frear o avanço de ambas as enfermidades, além de buscar auxílio médico se sentir qualquer sintoma fora do comum.
Relembre os sintomas
O ciclo do vírus dura entre 5 e 21 dias, e normalmente a manifestação começa no 13º dia. Logo depois desse período, os sintomas são febre, falta de ar, dores musculares, fadiga e inchaço nos gânglios. Mas a principal “marca registrada” da doença são lesões na pele em forma de erupções parecidas com as da catapora e da sífilis. Em geral, os sintomas desaparecem entre 7 e 14 dias e sem complicações. Todavia, existem dois novos sintomas que os cientistas do Reino Unido descobriram há pouco tempo: dor no ânus e inchaço do pênis. A pesquisa foi divulgada no The BMJ no final de julho, e contou com a participação de 197 pacientes com monkeypox.