Vacina da Covid-19 protege gestantes e bebês, reforçam estudos

Gravidez e maternidade Saúde
28 de Março, 2022
Vacina da Covid-19 protege gestantes e bebês, reforçam estudos

Se ainda restavam dúvidas sobre a eficácia da imunização, a ciência trouxe à tona mais descobertas reforçando que a vacina da Covid-19 protege gestantes e bebês. Durante a pandemia e diante de muitos debates, as grávidas se tornaram um dos grupos prioritários na fila da vacinação. Porém, a recomendação sobre se vacinarem ou não era muito dividida entre especialistas. Afinal, existia a dúvida se a vacina poderia causar parto prematuro ou outros efeitos negativos na gestação.

Veja também: Vacinas da gripe e da Covid-19 podem ser aplicadas no mesmo dia?

Um estudo feito pelo Centro de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostra que não há nenhuma relação entre a vacina da Covid-19 e problemas gestacionais. “Mesmo quando estratificadas por trimestre de vacinação ou número de vacinas e doses recebidas durante a gravidez, quando comparado com gestantes não vacinadas, não há evidências dessa correlação de parto e nascimento de bebês pequenos para a idade gestacional com a vacinação contra Covid-19”, diz o estudo realizado com 40 mil gestantes.

Esclarecida uma das dúvidas, existia outra igualmente importante: a vacina da Covid-19 protege mães e bebês? O mesmo CDC realizou uma pesquisa com o objetivo de encontrar respostas para essa pergunta. Para tal, foram avaliados bebês de até seis meses de vida, hospitalizados entre julho de 2021 e janeiro de 2022.

Como resultado, vacinar as mães durante a gravidez para evitar que os bebês fossem hospitalizados após o parto apresentou eficácia em mais de 61% dos casos. “A mãe do único bebê que morreu durante o estudo não estava vacinada. E 84% dos bebês hospitalizados com Covid-19 nasceram de mães não vacinadas. O estudo não levou em consideração as mulheres que tinham sido vacinadas antes de engravidar”, diz trecho do trabalho.

A vacina da Covid-19 protege mães e bebês. Mas existe algum motivo para se preocupar?

Na visão do médico Marcos Sampaio da clínica Origen, o resultado é muito positivo, pois confirma a segurança da vacinação durante a gestação. “É muito importante que cientistas e médicos compartilhem seus achados científicos, principalmente diante dessa pandemia, que pegou a todos de surpresa. Na minha opinião, vamos precisar ainda de alguns anos para avançar em inúmeras questões relacionadas à Covid-19, mas esses primeiros estudos sobre a relação do vírus com a gravidez são interessantes para tranquilizar as gestantes”, comenta.

Dessa forma, não há com o que se preocupar em relação aos possíveis riscos trazidos pela imunização. “Isso mostra que a vacinação materna se mostra muito relevante para ajudar a proteger os bebês e as mulheres. Também não há nenhuma contraindicação da vacina para mulheres que estão tentando engravidar via técnicas de reprodução assistida. As novas descobertas científicas indicam evidências mais tranquilizadoras sobre a segurança das vacinas anti-Covid-19 durante a gravidez”, acrescenta Sampaio, que frisa a importância dos acompanharem os futuros estudos sobre a vacinação.

Por fim, outra razão que comprova que a vacina da Covid-19 protege mães e bebês: em agosto de 2021, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, o CDC e a Sociedade de Medicina Fetal recomendaram que todas as gestantes passassem pela vacinação contra Covid-19. No Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) também indicam a vacina para grávidas, puérperas e mulheres em tratamento para engravidar.

Fonte: Marcos Sampaio, médico doutor em ginecologia e obstetrícia pela Universidade de Valência e diretor do Centro de Medicina Reprodutiva – Clínica Origen.

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