Uso de máscaras em avião e aeroportos volta a ser obrigatório

Saúde
23 de Novembro, 2022
Uso de máscaras em avião e aeroportos volta a ser obrigatório

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a volta do uso obrigatório de máscaras dentro de avião e em aeroportos do Brasil. A medida entra em vigor a partir de sexta-feira (25). O retorno da exigência surge pouco mais de 3 meses após ser derrubada pela agência reguladora. A obrigatoriedade do uso de máscaras nesses locais entrou em vigor pela primeira vez ainda em 2020, início da pandemia.

A nova medida ocorre após o aumento do número de casos de Covid-19 no país. Atualmente, 12 estados brasileiros, além do Distrito Federal, relatam aumento de notificações da doença, depois de um longo período de baixos registros na pandemia.

Leia mais: Importância da vacina para Covid: 63 mil idosos foram salvos em 2021

Uso de máscaras em avião e aeroportos e a alta de casos de Covid

De acordo com o diretor da Anvisa, Alex Campos, o cenário epidemiológico atual acende um “alerta” para soluções mais eficientes para minimizar os efeitos da pandemia.

“Apesar da melhoria do quadro epidemiológico, apesar da ampliação da cobertura vacinal, a mudança no cenário epidemiológico alerta hoje o mundo inteiro. […] Acho que o cenário convida a agência a uma outra decisão. A recomendação já consta na norma vigente da Anvisa. O fato é que caminhamos agora para um cenário que acende a luz de alerta e acende o compromisso da Anvisa em buscar soluções que são mais eficientes para minimizar os efeitos no momento da pandemia — afirmou.

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, alertou, ainda, que o final do ano pode agravar a atual situação dos casos de Covid no Brasil. Isso porque há um aumento na circulação de pessoas e, portanto, um aumento da exposição, além das festas de final de ano e férias escolares.

Além disso, Barra Torres afirmou que a agência recebeu manifestações de especialistas e entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) para o retorno do uso de máscaras em avião e aeroportos.

A diretora Meiruze Freitas, por sua vez, ressaltou que a mensagem da Anvisa neste momento é de “maior controle” e “restrição”.

Nova variante BQ.1: o que é e como evitá-la?

A BQ.1 é uma variante da Ômicron e provoca os sintomas conhecidos — por exemplo, febre, dor de cabeça, dor, fadiga muscular, tosse, perda do olfato e paladar, além de falta de ar.

Até a sexta-feira (11), a subvariante já havia sido detectada em 49 países e era responsável por cerca de 15% das infecções pelo vírus no planeta, segundo informações do banco de dados Gisaid, que conta com a colaboração da Organização Mundial Saúde (OMS). No Brasil, os indícios da nova cepa surgiram no final de outubro, no estado do Amazonas. De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 9/11, já havia cinco casos positivos da variante BQ.1 da Covid-19, sendo 1 morte.

Por fim, vale lembrar que a pandemia ainda não acabou. Portanto, é fundamental receber todas as doses da vacina para minimizar o agravamento de possíveis infecções. Além disso, as recomendações gerais prevalecem: higienização das mãos, incluindo o uso frequente de álcool em gel; uso de máscaras em locais de aglomeração; e isolamento em casos suspeitos da doença.

Por fim, pessoas com comorbidades — imunossuprimidas, com obesidade, entre outras condições –, crianças e idosos precisam redobrar os cuidados. Ao sinal de quaisquer sintomas, é aconselhável buscar atendimento médico.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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